O objetivo deste estudo é apresentar aspectos da história do cinema silencioso em Barbacena, Minas Gerais, nas três primeiras décadas do século XX. Para isso, adotou-se, especialmente, a imprensa local como fonte. Como considerações, aponta-se que os cinemas foram coordenados por empresários de descendência estrangeira e nacional; sediaram distintas programações para além de cinematografia, como eventos beneficentes, festivais escolares, apresentação de grupos de variedades e demais exibições artísticas etc.; incluíram público adulto e infantil; projetaram tramas de procedência estadunidense, europeia e nacional; vocalizaram diferentes expectativas na imprensa, entre as quais a presença do cinema, a arquitetura das casas exibidoras e a organização das projeções. Por fim, foram reconhecidas variadas intenções do público frequentador, tais como: divertir e sentir prazer com as programações, conversar, promover algazarras, apoiar causas defendidas pelos conterrâneos e fazer desse lugar um espaço de encontro.