Este é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) apropriava-se de canções populares e eruditas queridas do público e, ao costurá-las aos filmes silenciosos, os impregnava dos sentidos já construídos -elaborando, por conseguinte, sentidos outros, aos quais se misturavam as sombras moventes dos artistas das telas à polifonia social.Palavras-Chave: cinema silencioso; história do cinema brasileiro; som e cinema.
Abstract: Silent movies and the sound in Brazil (1894-1920) -The silent cinema has recurred to sound from its beginnings. Despite the importance of the connection between these two spheres, only recently foreign scholars began to study the uses the cinema made of sound.Here in Brazil, researches of this field are only beginning. This essay aims to recuperate the uses the silent movies made of sound in national ground, from the first experiences with the kinetoscope (in the ends of 1894) to the beginning of the 1920s, when the place of the music in the cinematographic spectacle was stabilized. From a transdisciplinary perspective, we intend to prove that the cinematographic scene from this period integrated a context of cultural circulation: when popular music and songs were used as accompaniment for the silent films; impregnating the cinematograph with former meanings, as well as constructing new meanings -ones that mixed the moving shadows of the artists to the social polyphony.
Este artigo busca investigar o papel que desempenhou o cinema dos primeiros tempos na construção de um imaginário de Rio de Janeiro cosmopolita, alinhado às nações da Europa que lhe serviam de modelo, ao mesmo tempo em que se destacava delas por suas vicejantes belezas naturais. Os objetos de estudo serão alguns filmes de ficção e documentários produzidos na cidade entre os anos de 1900-1930, bem como crônicas publicadas por escritores brasileiros em jornais e revistas do período. A análise estabelecerá como contraponto a imagem da cidade que é esculpida na fotografia de Augusto Malta e especialmente na produção cronística de João do Rio dos anos de 1900. O percurso pelo corpus desembocará no filme de Hollywood Flying down to Rio (Voando para o Rio, 1933), ratificador do imaginário estabelecido pelos filmes nacionais analisados.
Este artigo procura analisar tanto a produção artística efetivada ao longo da “Exposição Internacional do Centenário da Independência” (Rio de Janeiro, 1922-1923) quanto a realizada anteriormente e veiculada no evento e, enfim, a produção apresentada fora dos seus portões, mas que estabeleceu uma relação indelével com a Exposição. Para tanto, debruçamo-nos sobre vasta gama de obras pertencentes aos campos da literatura, do teatro, da fotografia, do cinema, da música e da pintura, produzidas pelos mais variados agentes, considerando igualmente as contribuições arquitetônicas responsáveis por empiricamente erigir os edifícios que abrigaram a Exposição. Buscamos compreender de que forma essas obras dialogam com os esforços da organização do evento no sentido de impor, por meio dele, signos da nacionalidade e um teatro da modernidade.
A presença da metalinguagem no cinema é contemporânea à invenção do dispositivo fílmico. O cinema silencioso mostrou-se em funcionamento prodigamente, ao redor do globo, com objetivos tão vastos quanto (aparentemente) contraditórios: historiar sobre si; convidar o público, por meio da explicitação da descontinuidade inerente à imagem cinematográfica, à imersão na diegese fílmica; acenar para os paradoxos contidos na imagem, questionando a sua pretensa “objetividade”. Através de um corpus que compreende obras produzidas de 1896 a 1914, analisadas numa perspectiva transdisciplinar, busca-se refletir sobre os sentidos da metalinguagem no cinema silencioso.
Em fins de 1897, encena-se Amor ao pelo, paródia do drama de Coelho Netto Pelo Amor!. Por detrás da alcunha de *** que a assina, mal se esconde Arthur Azevedo, teatrólogo cuja preferência pelo teatro popular Netto criticara sistematicamente, enquanto anunciava aquela sua produção. Este artigo analisa a paródia desde o debate que ela instaura com seu tempo, sobretudo no que toca à relação que estabelece com o teatro “sério”.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.