Neste trabalho, é realizado um estudo exploratório de bancos de imagens, especificamente Getty Images e Shutterstock, analisando se os processos de tagueamento desses dispositivos de busca revelam modos algorítmicos de reprodução de mentalidades coloniais a respeito de mulheres negras. Com base no conceito de “imagens de controle”, de Patricia Hill Collins, foram analisadas aqui as imagens Jezebel, Mammy e Sapphire, a partir do entendimento de que esses estereótipos sobre a subjetividade feminina negra reforçam narrativas de subordinação, exploração e animalização, a serviço da colonialidade. Embora os resultados apresentem especificidades, sobretudo em virtude da pandemia da covid-19, percebeu-se que a colonialidade algorítmica se manifesta nesses bancos, que etiquetam com mais frequência as imagens de mulheres negras a padrões coloniais de representação de sexualidade, trabalho e agressividade.