Relações de amizade e autoconceito na adolescência: um estudo exploratório em contexto escolar

Abstract

Resumo No presente estudo, analisou-se a relação entre a qualidade das relações de amizade e as autoperceções dos adolescentes, expressas no seu autoconceito. A amostra foi constituída por 65 estudantes portugueses, com idades compreendidas entre os 12 e os 16 anos (M = 14). Os instrumentos foram o Questionário de Qualidade da Amizade e a versão portuguesa do Perfil de Autoperceção da Escala de Autoconceito para Adolescentes. Através de análises correlacionais, verificou-se uma relação entre a qualidade das relações de amizade e o autoconceito, sendo a dimensão companheirismo e recreação preditora do autoconceito global. Verificou-se, ainda, a ausência de um efeito de gênero na qualidade reportada das relações de amizade. Pelo contrário, ocorreu um efeito moderado do gênero no autoconceito, nomeadamente nas dimensões competência escolar, competência atlética, aparência física e autoestima, com o gênero masculino apresentando resultados médios superiores. Os resultados foram discutidos tendo em conta a importância das relações sociais para o desenvolvimento na adolescência.

Elementos caracterizadores das representações sociais da amizade para universitários

“…Apresentando-se como indispensável ao se refletir sobre amizade, adentra-se no critério de qualidade da amizade, sendo estes elementos representacionais responsáveis pelo julgamento do que seria uma amizade ou não, bem como sua intensidade. De acordo com Carvalho et al (2017) a qualidade dos relacionamentos de amizade possibilita a avaliação das características positivas (como lealdade, reciprocidade, confiança e companheirismo) e negativas (como crítica, conflito, dominância e rivalidade).…”

“…As RS da amizade, formadas por meio das experiências pessoais, são construídas de modo progressivo, iniciando com os valores aprendidos nas redes primárias -principalmente no contexto familiar -e progressivamente se expandem por meio de sua integração em contato com grupos, construindo assim suas vivências nas relações de amizade, com base na qualidade destas relações e do quanto associam ao seu bem estar psicológico e integração ao meio (Carvalho & Novo, 2013;Carvalho et al, 2017).…”

“…A literatura tem associado à amizade enquanto componente basilar em diversos contextos, voltados principalmente na promoção de percepção de felicidade, saúde física e mental bem-estar, coping , qualidade de vida e aumento da expectativa de vida (Azevedo et al,2015;Berscheid & Regan, 2005;Carvalho et al, 2017;DeSousa & Cerqueira-Santos, 2011;Fehr, 1996;Garcia, ., 2015;Karatay & Bas, 2019;Lisboa & Koller, 2005;Michels, Cordeiro, & Tavares, 2011;Oliveira, Gomes, Marques, & Thiengo, 2007;Peron, Guimarães, & Souza, 2010;Santos et al, 2015).…”

Brinquedo De Miriti Como Recurso Didático De Aprendizagem Significativa No Ensino Fundamental Na Ilha Paramajó

“…A carência já foi apontada em década anterior (TORTELLA, MANTOVANI DE ASSIS, 2007;GARCIA, 2016). Dentre os estudos produzidos destaca-se a pesquisa de Silva (2018); Carvalho et al (2017) e Capelinha (2013).…”

“…eCarvalho et al (2017) se debruçaram sobre a discussão da amizade, definindo-a como uma característica que une densidade, amorosidade e, principalmente, a diferença. Para os autores a amizade traz contribuições significativas e únicas para o…”