2020
DOI: 10.1590/1982-02672020v28e1
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Descolonizar o pensamento museológico: reintegrando a matéria para re-pensar os museus

Abstract: RESUMO O artigo apresenta uma reflexão com bases teóricas sobre as estruturas coloniais dos museus, considerando historicamente o desenvolvimento dessas instituições no Brasil desde a criação do Museu Nacional do Rio de Janeiro, em 1818. Propõe a descolonização do pensamento museológico por meio do reconhecimento crítico de suas bases no Iluminismo e na reiteração material do sujeito racional como sujeito ontológico herdado desde o cogito cartesiano. Abordando a crítica decolonial, identifica na separação entr… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
2
1
1

Citation Types

0
2
0
4

Year Published

2020
2020
2023
2023

Publication Types

Select...
6
1

Relationship

0
7

Authors

Journals

citations
Cited by 8 publications
(6 citation statements)
references
References 8 publications
(3 reference statements)
0
2
0
4
Order By: Relevance
“…Esta contestação dá um relevo especial à luta antirracista e anticolonial, mas não esqueçamos que ela é tão importante quanto a luta antissexista e anticapitalista 7 . Brulon (2020), aponta que a história dos museus e a produção da ciência na modernidade se deu em uma perspectiva colonial e em um contexto de dominação imperial que, a seu ver, vincula-se à produção de conhecimento sobre aqueles que se quer dominar. Para ele, diversos autores argumentam sobre a necessidade da Europa de inventar uma periferiaem termos de mercadorias, de pensamento e de cultura -para se pensar como centro superior.…”
Section: A Complexidade Do Século XXI Para Os Museus: Da Multiplicida...unclassified
“…Esta contestação dá um relevo especial à luta antirracista e anticolonial, mas não esqueçamos que ela é tão importante quanto a luta antissexista e anticapitalista 7 . Brulon (2020), aponta que a história dos museus e a produção da ciência na modernidade se deu em uma perspectiva colonial e em um contexto de dominação imperial que, a seu ver, vincula-se à produção de conhecimento sobre aqueles que se quer dominar. Para ele, diversos autores argumentam sobre a necessidade da Europa de inventar uma periferiaem termos de mercadorias, de pensamento e de cultura -para se pensar como centro superior.…”
Section: A Complexidade Do Século XXI Para Os Museus: Da Multiplicida...unclassified
“…O Ensino de Ciências tem suas bases a partir da ciência moderna, que ganhou força com o Iluminismo. Desde então, todo conhecimento considerado como científico é organizado, classificado e mobilizado a partir de critérios "verdadeiros" e "universais", pautados pelo pensamento, que era concebido no contexto europeu, respeitando interesses de mentes e corpos brancos (BRULON, 2020). O legado do conhecimento cartesiano, advindo de séculos passados, como critério para validação das produções científicas e de conhecimento, segue sendo utilizado como diferencial para decidir o que é ciência e o que não é (GROSFOGUEL, 2016).…”
Section: Pensando a Formação Docente Para Uma Educação Antirracistaunclassified
“…This type of museum was based on encyclopedic knowledge and, more importantly, on an authoritative model of knowledge transmission as well as the "domestication" of visitor behavior, who were understood as masses (Hooper-Greenhill, 2000). Later, towards the end of the 20th century, there was a critical turn in museum practices, specifically concerning the critiquing of these institutions' colonial legacy and their "inclusivity turn" 6 (Barringer & Flynn 1998;Brulon, 2020;Henning, 2005;Mirzoeff, 2017;Sandell, 2007). This has, undoubtedly, influenced the museology and museum practice of several national institutions in Brazil, Portugal and various parts of the globe.…”
Section: Modes Of Classifying Museumsmentioning
confidence: 99%
“…The unequivocal turn towards the visitor experience in many national and nationally-style museums is a result of the professionalization of museum and the discipline's transnational trends (Edson & Dean, 1994;Knell, 2011). Despite this, there is a pertinent concern as to whether national and nationally styled museums can be decolonized, since even with the critical turn of the last few decades, national museums still mobilize their collections to project a cohesive identity either negotiated in local or transnational networks (Barringer & Flynn 1998;Brulon, 2020;Knell, 2011;Macdonald 2003).…”
Section: Modes Of Classifying Museumsmentioning
confidence: 99%