Diversidade de gênero na sociabilidade capitalista patriarcal: as identidades trans em perspectiva

Abstract

Resumo À luz de uma perspectiva feminista e crítico-dialética, este artigo, fruto de uma pesquisa teórica, busca situar o campo da diversidade de gênero na totalidade das relações sociais, demarcando-se que são relações de classe e de gênero enoveladas. Para isso, trata da centralidade do trabalho a partir de uma revisão bibliográfica sobre a ontologia do trabalho e suas novas determinações sociais pelo modo de produção capitalista, expondo alguns fundamentos do capitalismo e refletindo acerca da simbiose entre capitalismo-patriarcadoracismo estruturante das relações sociais brasileiras com base na leitura de Heleieth Saffioti. Com o presente artigo pretendemos desenvolver uma reflexão marxista para as questões trans, levando o olhar marxista para os estudos sobre diversidade de gênero, que têm nas teorias culturalistas e pós-estruturalistas a tônica da discussão e, ao mesmo tempo, fazendo penetrar o debate das identidades trans nos estudos marxistas.

Regras/rupturas do “contrato” amoroso entre adolescentes: o papel do abuso digital

“…Após o século XIX, a separação entre lar e trabalho e a redução do número de filhos passam a ser demandadas das mulheres em função de sua inserção no mercado de trabalho, afetando o próprio poder patriarcal exercido dentro do espaço do lar. Por ideologia patriarcal, entendese a manutenção e reprodução de uma estrutura de poder desigual entre os gêneros, cuja supremacia é exercida pelo homem sobre a mulher, subordinando-a, e, por extensão, as identidades associadas ao feminino e aquelas que borram as fronteiras pré-definidas de gênero 9 . Assim, o patriarcado funciona como uma máquina de "força institucional que se capilariza nas relações sociais, impregnando práticas sociais, instituições sociais e modos de ser e de pensar, ganhando assim, naturalidade pela legitimidade que lhe é conferida" 9 .…”

Health care in primary care for transgender people

“…A emergência de conceitos para a definição das experiências diversas de gêneros é um fenômeno resultante da articulação das instituições reguladoras, dos saberes médicos e da mobilização dos sujeitos no cenário público e político brasileiro na busca pelo reconhecimento, além dos avanços dos estudos de gênero e sexualidade, ambos demarcados após a segunda metade do século XX (MARINHO, 2018).…”