Objetivo: Descrever a vivência da manutenção da prática do aleitamento materno exclusivo segundo a percepção de mães, quando do retorno ao trabalho. Metodologia: Trata-se de estudo exploratório-descritivo, qualitativo, realizado em uma Instituição de Ensino Superior de Fortaleza-Ceará com nove mulheres, selecionadas por meio do método de amostragem bola de neve, que vivenciaram ou estavam vivenciando a experiência do aleitamento enquanto trabalhadoras formais. Os dados foram coletados em novembro de 2016, por meio de entrevista semiestruturada e analisados pela técnica de análise temática, proposta por Minayo. Resultados: Da análise das entrevistas emergiram três categorias que abrangeram o “Conhecimento das mães sobre a amamentação”; “Sentimentos maternos no retorno ao trabalho” e “Dificuldades para manutenção da lactação exclusiva no retorno ao trabalho”. Conclusão: As mães mostraram conhecimento sobre o aleitamento exclusivo alinhado às recomendações dos organismos de saúde, sendo grande parte das informações fornecida antes da alta da maternidade pelos profissionais de saúde. O retorno ao trabalho se apresentou como fator estressor para a manutenção do aleitamento exclusivo devido à separação física da criança, da longa distância entre o local de trabalho e a residência, o não cumprimento do horário da amamentação pelo empregador, as longas jornadas de trabalho e a falta de espaço adequado para a ordenha ou amamentação. Torna-se necessário que sejam desenvolvidas estratégias intersetoriais para garantir que as mães trabalhadoras que optarem pela amamentação dos filhos, principalmente em caráter exclusivo, tenham esta prática facilitada.