Desenvolvimento da linguagem e deficiência auditiva: revisão de literatura

Abstract

RESUMO: Este estudo tem como objetivo revisar as produções científicas acerca das relações entre desempenho da linguagem e deficiência auditiva, assim como analisar os estudos observacionais sobre a temática. Trata-se de revisão de literatura, no qual foram utilizados os descritores "Hearing Loss", "Child Language", "Perda Auditiva", "Linguagem", "Fonologia" e "Vocabulário" nas bases de dados do Portal Capes, Bireme, Scielo e Pubmed no período de julho a dezembro de 2012. Os critérios de inclusão foram artigos disponíveis em periódicos publicados no período de 2007 a 2012. Foi critério de exclusão não ter como foco principal a aquisição/desenvolvimento da linguagem de crianças e/ou adolescentes portadores de deficiência auditiva. Os estudos analíticos observacionais foram verificados por meio de 22 itens relacionados a informações que deveriam estar presentes no título, resumo, introdução, metodologia, resultados e discussão, recomendados pela iniciativa STROBE (Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology). Foram encontrados 26 artigos, que foram separados em eixos temáticos, sendo linguagem oral, linguagem escrita e leitura e revisão de literatura. Verificou-se que muitos artigos mencionam os benefícios do menor tempo de privação sensorial, bem como do maior tempo de terapia fonoaudiológica e maior uso do Aparelho de Amplificação Sonora Individual ou Implante Coclear). A análise dos dados por meio da iniciativa STROBE aponta que a maioria dos artigos analisados apresentou informações necessárias, principalmente nos itens título e resumo e introdução. As produções científicas estudadas revelam que ainda não há protocolos com padrões de normalidade específicos para indivíduos com deficiência auditiva.

Análise das Estratégias Empregadas em um Programa de Intervenção Fonológica para Crianças com Deficiência Auditiva1,

“…It was observed that the characteristics of the children in the intervention groups certainly determined the needs for adaptations to be made (Lederberg, Schick, & Spencer, 2013), with emphasis on the time of sensory deprivation (Bornstein, 2018;Wake & Carew, 2016), the restricted use of hearing aids for some of them (Penna, Lemos, & Alves, 2015;Vasconcelos, & Pereira, 2015) and the late entry into the hearing (re)habilitation program (Bicas, Guijo, Delgado-Pinheiro, 2017;Oliveira, Penna, & Lemos, 2015;Tabaquim et al, 2013), which were factors verified in the sample and which should be considered in the development of strategies for phonological work.…”

“…Over the past 30 years, surprising technological and scientific advances have given children with hearing impairment access to speech sounds at a time favorable to their language development (Wake & Carew, 2016;Bornstein, 2018). Even so, due to the variables involved in the (re)habilitation process -such as: age at diagnosis, cause and degree of hearing impairment, time of use of hearing aid devices, family involvement in the therapeutic process (Bicas, Guijo, & Delgado-Pinheiro, 2017;Moret, 2017;Oliveira, Penna, & Lemos, 2015;Penna, Lemos, & Alves, 2015;Tabaquim et al, 2013;Vasconcelos & Pereira, 2015), among other factors -, hearing impaired children have a disadvantage in relation to hearing children in terms of phonological processing and are, therefore, a risk population for the acquisition of the ability to read (Goldberg & Lederberg, 2015;Lederberg, Schick, & Spencer, 2013;Naveka von Mentzer et al, 2013;Werfel, Douglas, & Ackal, 2016).…”

Avaliação de Crianças com Indicadores de Risco para Deficiência Auditiva Atendidas em um Serviço de Referência em Triagem Auditiva Neonatal

“…Quando as crianças apresentavam ausência de EOAT, eram realizadas Emissões Otoacústicas por Produto de Introdução A audição está diretamente relacionada ao desenvolvimento global da criança. Portanto, se houver alguma alteração auditiva as habilidades cognitivas, acadêmicas, sociais e de fala e linguagem serão afetadas 1 A incidência de perda auditiva em crianças com IRDA pode chegar a 8,3% 4 . Podendo se manifestar ao nascimento ou de forma tardia, nos primeiros meses de vida 5 .…”

Sistema de frequência modulada em crianças e adolescentes usuários de implante coclear

“…Desta forma, em conjunto com os dispositivos eletrônicos, enfatiza-se a importância da terapia fonoaudiológica, com ênfase na função auditiva para o desenvolvimento da linguagem oral, com profissionais competentes e especializados, em parceria com a família (Melo & Lara, 2012). O amadurecimento das habilidades auditivas levará à criança ao aprendizado e desenvolvimento da linguagem receptiva e expressiva, oral e escrita, além da compreensão e atribuição de significado (Oliveira, Penna, & Lemos, 2015). Além disso, para…”