Suicídio entre crianças e adolescentes: um alerta para o cumprimento do imperativo global

Abstract

EditorialSuicide among children and adolescents: a warning to accomplish a global imperative E very year, worldwide, over 800,000 people commit suicide, i.e., one death every 40 second. is is second leading cause of death among those aged 15 to 29 years. Considering the relevance of this problem, the World Health Organization had established as a global imperative the suicide prevention, and countries should consider suicide prevention as a high priority health care program. is program goal is to reduce suicide rates up to 10% by 2020. (1) e goal of this editorial is to be an alert as this deadline is approaching and because recent data have pointed out an opposite direction regarding the accomplishment of this global imperative, especially concerning Brazilian children and adolescent population.A study conducted in large Brazilian cities showed that suicide rate among adolescents increased by 24% between 2006 and 2015.(2) A total of 48,204 suicide attempts was registered in Brazil between 2011 to 2016. ese occurrences a ected 25.9% of women and 19.6% of men, considering only those aged 10 to 19 years. (3) e suicidal behavior involves events, throughout a sequence, which has as an intention to cause self-injury that will end up in death, including suicide ideation (without speci c plan or intention), suicide attempt, and suicide. e suicide ideation is prior to other events and, for this reason, it can be considered an important indicative of risk for suicide. is is related to someone's thinking of wishing to die by taken his/her own life, (4) not necessarily followed-up by preparation behavior. e younger the individual the lower this linear sequence of planning-ideation, especially for the own components related with human development.In case of children, the ideation can be less speci c and without planning due to own concept linked to death in this age range, which is even more limited among younger children. On the other hand, the impulsivity commonly in adolescence can be also contrary to suicide ideation with plan to bring about his/her own death.Suicide attempt is related to actions that lead to someone's own death, but with non-fatal outcome. ese actions could have been abandoned, fail or interrupted (4) and they constitute the most important risk factor that, at this time, is de ned as self-provoked violence, intentionally, that lead an individual to end with his/her own life. (1)

É Possível Envelhecer Ativamente Em João Pessoa? Potenciais Da Convivência Grupal

“…Verifica-se nos resultados um maior número de notificações de violência autoprovocada entre crianças no ambiente doméstico, em consonância ao encontrado em estudo com dados do SINAN com crianças brasileiras de 5 a 9 anos, onde a maior ocorrência também foi na residência (80,8%) (AVANCI, PINTO e ASSIS, 2020). Tal situação demonstra-se preocupante, pois o ambiente doméstico deveria representar segurança para a criança, contudo a exposição a conflitos familiares ou a uma estrutura familiar disfuncional pode atuar como fator estressor à violência autoprovocada (SILVA, 2019;FARIAS et al, 2016). Ainda, percebe-se a maior ocorrência dos casos no turno da manhã, todavia, estudo com crianças de 5 a 11 anos foi observada maior ocorrência de suicídio no período da tarde com prevalência de 44,1% (SHEFTALL et al, 2016).…”

Fatores de Risco Para Tentativas de Suicídio em Crianças e Adolescentes

“…O fenômeno do suicídio, além de ser um problema de saúde pública, é complexo e multifatorial, ou seja, é um evento impactante não só para as famílias, para os profissionais de saúde que prestaram atendimentos aos indivíduos falecidos e a própria sociedade em si 7 .…”

“…Contudo, os suicídios podem ser evitados com base em intervenções de baixo custo, como acolhimento de demandas e encaminhamentos eficientes. Para prevenção ao suicídio é necessária identificação de sintomas, como: depressão, ansiedade, isolamento social, presença de transtornos mentais, baixo rendimento escolar, bullying, abuso de substâncias psicoativas pelos responsáveis pela criança e adolescente 7 .…”

Análise De Fatores Protetores E De Risco Para O Desenvolvimento De Transtorno Mental Comum Em Escolares Do Ensino Médio

“…Entretanto até certo grau de sua incidência o medo e ansiedade são entendidos como não patológicos e até possuem um importante fator de proteção na continuidade da raça humana. Os sintomas de ansiedade na fase da adolescência frequentemente são resultados de uso de substâncias desencadeadoras e/ou inadaptação ao contexto escolar ou social 7 sendo frequente dentro dos acometidos situações de suicídio que conforme dados epidemiológicos demonstram que cerca de 3.590 adolescentes morreram no ano de 2010 vítimas do autoextermínio 8 .…”