Introdução: No período gestacional, a mulher adentra em um estado de alterações físicas, fisiológicas e psicológicas que impactam diretamente no equilíbrio da microbiota oral. Além disso, quando a gestante não apresenta uma boa atenção à saúde bucal, esta se encontra mais suscetível a doenças bucais como a gengivite, periodontite e a cárie dentária, que por conseguinte, podem resultar em complicações na saúde materna e neonatal. Objetivo: Analisar por meio de uma revisão de literatura sobre o atendimento odontológico a gestantes. Metodologia: Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed, LILACS e Google Acadêmico, por meio dos descritores “gravidez”, “assistência odontológica” e “saúde bucal”. Foram incluídos neste estudo, artigos nos idiomas português e inglês, publicados nos últimos 10 anos que abordassem diretamente ao objetivo proposto. Resultados e discussão: Os problemas bucais mais frequentes em gestantes incluem a cárie dentária e a doença periodontal, sendo mais incidentes em grávidas que possuem menor renda e baixo nível de escolaridade, na qual contribuem para a desigualdade de acesso e desinformação sobre a importância do tratamento odontológico durante a gestação. Com base nisso, o período ideal para a intervenção odontológica compreende o segundo trimestre de gestação, entretanto, casos que necessitem de tratamento de urgência devem ser solucionados independente do período gestacional, visto que os problemas em saúde bucal podem comprometer a nutrição, mas também disseminar patógenos na corrente sanguínea, oferecendo risco para a saúde da gestante e do feto. Conclusão: fornecer o atendimento odontológico necessário, controlar a infecção bucal e gerenciar a dor é uma responsabilidade primordial dos profissionais de odontologia, contribuindo para auxiliar as pacientes a preservar sua saúde geral durante o período gestacional.