Para uma abordagem linguístico-discursiva da justaposição oracional: oral e escrito em práticas de letramento

Abstract

■ ABSTRACT: In order to consider the relationship between the elements of juxtaposed paratactic constructions, based on the hypothesis that these elements should be analyzed in their discursive context, along with their prosodic, morphosyntactic and semantic properties, I work with a functionalist model of junction (RAIBLE, 2001); an understanding of writing as inherently heterogeneous and as an enunciation mode (CORRÊA, 2004); and a concept of writing acquisition which takes discursive traditions into account (KABATEK, 2006), aiming to study these constructions from a linguistic-discursive perspective in writing acquisition data. Based on qualitative and quantitative analyses, the work has confirmed the above-mentioned hypothesis and shown that: (1) within the syntagmatic composition of a given tradition, other traditions are dynamically involved; (ii) the subject's discursive purpose, according to their representation of a moment, space of interlocution and other recipient(s) define the traditions which act as material for generating a tradition; (iii) in the investigated data, the combination of DTs and the junctions which occur in a given tradition repeatedly take the form of juxtaposition, as a sign which graphically points towards the actual situation of enunciation.

A justaposição oracional em dados de aquisição da escrita

“…O termo Diskurstradition, proposto por Koch (1997apud LONGHIN, 2014 e adotado por outros linguistas alemães, como Oesterreicher e Kabatek, conceitua uma perspectiva histórica dos gêneros textuais (ASCHENBERG, 2002apud ZAVAM, 2009 que, com base no entendimento teórico coseriano de "língua concreta", tem sido, mais recentemente, usada também em pesquisas que se debruçam sobre fenômenos textuais em um estado de língua sincrônico (cf. LONGHIN-THOMAZI, 2011a, 2011bLOPES-DAMASIO, 2016;LOPES-DAMASIO, SILVA, 2017;SILVA, 2016, entre outros). O conceito de TD fundamenta-se, desse modo, em concepções teóricas de Coseriu, apoiadas na ideia de que a linguagem não é produto, mas atividade, recuperando, portanto, um diálogo com o pensamento aristotélico de Humboldt.…”