“…A partir desse objetivo mais amplo, elegemos as narrativas como dado de interesse, devido ao seu caráter organizador do discurso e da experiência, permitindo a observação, simultaneamente, de aspectos da vida social e da performance identitária dos interlocutores (Bastos, 2005;Nóbrega;Abreu, 2021). Assim, investigamos a qualidade da escuta/recepção (Bucholtz, 2009;Araújo Ferreira, 2014) das médicas brancas, quando em contato com as narrativas pessoais contadas pelas pacientes negras, visto que a branquitude (Bento, 2002) pode funcionar como um filtro de atenção que promove a seleção de temas autocentrados e exclui as diversidades, invisibilizando ou emoldurando de forma depreciativa as experiências de pessoas não brancas.…”