Objetivo: Investigar fatores associados à percepção de autoeficácia no ensino entre docentes médicos. Método: estudo de abordagem quantitativa, do tipo observacional, analítico, realizado com 60 professores do curso de medicina de uma instituição federal de ensino. Para a coleta de dados, foram utilizados a escala de autoeficácia docente de Woolfolk e Hoy (2001), validada no Brasil por Bzuneck e Guimarães (2003), e o Maslach Burnout Inventary. Foi aplicado o teste qui-quadrado para verificar se havia diferença significativa entre os participantes que apresentavam Burnout moderado e alto e a baixa autoeficácia. As variáveis foram testadas por meio de regressão logística para identificar possíveis fatores de risco para baixa autoeficácia. Foi utilizada a análise univariada e as variáveis com p < 0,20 foram selecionadas para análise multivariada. Para o teste do qui-quadrado, foi utilizado um nível de confiança de 95%. Resultados: Dos 60 professores estudados 11 (18,3%) apresentaram baixa autoeficácia e 49 (81,7%) alta autoeficácia. A autoeficácia teve média de 3,2±0,8 pontos, com mediana de 3,3 e IC 95%. O Burnout alto foi observado como fator associado em 25,7% dos participantes identificados com autoeficácia baixa. Conclusão: A percepção da crença da autoeficácia (AE) no ensino é positiva (alta) no grupo estudado sendo a sindrome de Burnout o principal fator associado à AE baixa. Além disso observa-se relação com gênero feminino, ≥ 50 anos, não estar em um relacionamento fixo, não ter filhos e a não dedicação exclusiva a docência, tempo de trabalho ≥15 anos, ausência de vínculo efetivo como concursado.