O Sentido Histórico Do Desenvolvimentismo E Sua Atualidade

Abstract

RESUMO:O artigo aborda a formação histórica do desenvolvimentismo brasileiro e discute sua atualidade como projeto para a economia brasileira. Para tanto, recupera suas origens, mostrando que resulta da confluência de ideias nacionalistas, intervencionistas e em defesa da industrialização que começaram a se amalgamar no último quarto do século XIX, ainda no período agroexportador. A seguir, parte da conceituação de desenvolvimentismo para mostrar que este, como fenômeno histórico, mostrou-se capaz de se adaptar às transformações por que passou a economia brasileira ao longo do século XX, não sendo restrito ao período da industrialização por substituição de importações. Assim, conclui que o desafio da atualidade consiste na sua reatualização diante das mudanças econômicas das últimas décadas, principalmente no que tange à desindustrialização.

O estado Brasileiro e as políticas econômicas: desenvolvimento em perspectiva histórica

“…Concomitantemente, outras filosofias intervencionistas desenvolveram-se com a preocupação de superar as dificuldades encontradas no sistema capitalista, principalmente nos países de desenvolvimento tardio (FONSECA;SALOMÃO, 2017). Na América Latina, com auxílio do lastro teórico desenvolvido pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), a filosofia econômica fundamentava-se no Nacional-Desenvolvimentismo, que tinha como objetivo fortalecer a economia interna dos países Latino Americanos e, assim promover condições para o desenvolvimento da região, ou seja, esta corrente de pensamento tinha o Estado como responsável por coordenar o desenvolvimento da nação (Ibid.…”

Polos de desarrollo, trabajadores y guerra fría en dos regiones de América Latina: Amazonia brasilera y Patagonia argentina

“…Se coincidía en la necesidad de contar con un Estado activo, que tuviera injerencia en la planificación económica (Zambón 2001), en especial para aquellos países considerados subdesarrollados, concepto que suponía a esa situación como superable en el marco del sistema capitalista. Aplicando ciertas políticas se eliminarían las estructuras atrasadas y se lograría construir sociedades industriales y desarrolladas (Fonseca y Salomão 2017). Se construyó la imaginaria tríada crecimientoindustrialización-desarrollo, desde el supuesto de que industrialización y crecimiento eran sinónimos de desarrollo 2 , y asumiendo que no era necesaria una transformación sistémica para mejorar las condiciones de vida de la población de los países dependientes.…”