A discriminação é um problema social existente no Brasil há muitas épocas, manifestando-se em cada uma delas por razões diversas, tais como gênero, sexualidade, crença, entre outras características, naturais ou não, de cada indivíduo. Nesse universo está inserida a intolerância contra adeptos e praticantes de religiões de matriz africana em diversos âmbitos sociais. Assim, essa pesquisa teve como objetivo investigar as formas de preconceito sofridas pelos adeptos do candomblé no Brasil e como o ensino escolar e acadêmico poderiam figurar como instrumento de promoção do conhecimento dessa cultura, diminuindo o preconceito, e incentivando o respeito ao próximo e seu espaço. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de natureza bibliográfica, por meio de uma revisão dos dados encontrados em estudos indexados em bases de dados virtuais, que tratassem sobre uma temática útil ou semelhante, com ano de publicação entre o período de 2014 a 2019 e apresentados em língua vernácula ou traduzidos. Os resultados corroboraram sobre o grande índice de preconceito ainda existente na sociedade diante da cultura religiosa de matriz africana, refletindo até mesmo em agressões contra os praticantes dessa crença. Desse modo, percebe-se que é necessário que políticas públicas direcionadas a educação social, moral e escolar sejam desenvolvidas com intuito de coibir ações preconceituosas, principalmente as violentas, bem como proporcionar a aproximação dos sujeitos sociais com os reais significados da religião africana, desfazendo os mitos, principais responsáveis pelas concepções equivocadas perpetuadas ao longo dos anos.