Mobilizações de migrantes e refugiados: as lutas pela visibilidade e pelo reconhecimento

Abstract

Mobilizações de migrantes e refugiados: as lutas pela visibilidade e pelo reconhecimento A multiplicação de movimentos populares de luta e resistência em nível mundial é sinal do exacerbado crescimento do número de pessoas que são-e têm consciência de serem-prejudicadas ou violentadas pela ordem hegemônica assimétrica em nível local ou planetário. Para além do tradicional-e ainda atual-conflito entre capital e trabalho, novos movimentos sociais surgem em resposta à depredação do meio ambiente, à discriminação ou menosprezo dos direitos fundamentais de determinados grupos sociais como mulheres, LGBT, povos autóctones, minorias, entre outros. Ainda que frequentemente silenciados pela imprensa internacional, é suficiente citar os movimentos de protesto e reivindicação de Chiapas (1994), de Seattle (1999), a assim chamada "Primavera árabe" (2010), o movimento dos Indignados na Espanha (2011), os recentes e maciços protestos na França e no Brasil (2016). Em meio a tudo isso, chama a atenção também a "primavera" das mobilizações de migrantes e refugiados. Trata-se de atos de protesto e reivindicação que, embora bastante heterogêneos em termos de atores, interlocutores, objetivos e mediações, visam fundamentalmente à busca pela visibilidade e pelo reconhecimento.

Tradução Intermodal De Textos Sensíveis

“…It records the psychic (Christian & Churchill, 2005) as well as legal dilemmas of moral recognition as this is linked to who becomes visible or remains invisible in terms of legal residence, citizenship or deportation (Domenech, 2015;Marinucci, 2016). Within the legal immigration context, immigration is not only human diaspora.…”

Relações de reconhecimento de migrantes por sobrevivência em São Paulo (SP)

“…formação da identidade (TURTIAINEN, 2018); integração e pertencimento (GEORGIOU, 2019;MOENSTED, 2020;BRUN, 2016); lutas por reconhecimento e resistência (MARINUCCI, 2016;DORNELAS, 2020); e desenho de políticas migratórias (LEÃO, 2017;SHUMACHER;SALUM, 2017). Os estudos compreendem a importância das teorias de reconhecimento e redistribuição para trazerem reflexões sobre vivências de imigrantes, seja no contexto que gerou a migração, seja no país receptor (COOLS et al, 2018;TURTIAINEN, 2018;MOENSTED, 2020).…”

“…Os resultados chamam atenção para uma superação de preocupações como fatores que compõem a integração de imigrantes, mas sobre o que eles representam em termos de pertencimento e como esses podem ter diferentes significados a depender do gênero, raça, sexualidade, religião e país de origem dos imigrantes (MARINUCCI, 2016;DORNELAS, 2020;COOLS et al, 2018).…”

“…expõe a possibilidade de se investigar se há um feminismo migrante na América Latina, uma vez que o recorte de gênero e migração carrega duas lutas e diferentes formas de resistência e reconhecimento.Diferente da abordagemde Honneth, utilizada por Dornelas (2020) eMarinucci (2016),Cools et al (2018) tratam da participação no desenvolvimento de políticas locais para ciganos sob a perspectiva da paridade de participação de Fraser. Os autores ressaltam que a política é construída com base em demandas controversas sobre as necessidades da população cigana, na qual predominam discursos de dominação.…”

\"Para no estar tan aérea de lo que soy\": narrativas de participación en un colectivo de mujeres migrantes

“…Este tipo de actividades pueden enmarcarse como luchas migrantes (VARELA, 2013(VARELA, , 2015MEZZADRA, 2012), es decir, como acciones que reivindican la igualdad entre personas nacionales y no nacionales, que buscan el respeto a los derechos de las personas migrantes y la desmitificación de estereotipos xenofóbicos y racistas. Son luchas por la reivindicación del derecho a tener derechos (MARINUCCI, 2016). Estas acciones pueden desafiar los límites de la ciudadanía formal y evidenciar las tensiones entre nacionalidad y ciudadanía, al mismo tiempo en que establecen una práctica de ciudadanía ampliada, negociada y pragmática.…”