Vitimização por bullying e fatores associados em estudantes brasileiros com idade de 13 a 17 anos: estudo populacional

Abstract

RESUMO: Objetivo: Analisar fatores escolares, sociodemográficos, nutricionais e de percepção corporal e comportamental associados à vitimização por bullying entre estudantes brasileiros com idade de 13 a 17 anos. Métodos: Trata-se de um estudo transversal com base nos dados da amostra 2 da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2015. A amostra do presente estudo é composta de 10.699 adolescentes de escolas de cada grande região do país. Resultados: A prevalência de vitimização por bullying foi de 6,2%, com maiores chances de vitimização em adolescentes que praticam bullying (razão de chances - OR = 1,91, intervalo de confiança de 95% - IC95% 1,48 - 2,45), com idade de 13 anos (OR = 1,76, IC95% 1,04 - 2,97), que se consideram gordos (OR = 1,45, IC95% 1,06 - 1,98) e não são bem tratados na escola pelos colegas (OR = 2,78, IC95% 2,17 - 3,45). Conclusão: Esforços preventivos que incluam programas de incentivo ao maior suporte social entre os estudantes e a implementação de práticas que reforcem o respeito às diferenças e peculiaridades dos alunos podem contribuir para a redução da vitimização por bullying.

Noções De Bullying Escolar E Sua Aproximação Com Preconceito: Uma Revisão Integrativa Da Literatura Científica

“…Quanto ao delineamento do estudo, 14 artigos apresentaram pesquisas quantitativas, cinco apresentaram pesquisas qualitativas e dois delineamento misto. No que se refere aos objetivos, sete artigos pretenderam estimar a prevalência de algum indicador relacionado ao fenômeno bullying (Malta et al, 2022;Silva et al, 2019;Santos & Faro, 2018;Mota et al, 2018;Mello et al, 2018); quatro tiveram como interesse investigar fatores relacionados à ocorrência de bullying (Russo, 2020;Veloso et al, 2020;Sousa et al, 2019;Silva et al, 2018); quatro investigaram as vivências, autopercepções ou sentidos sobre o bullying entre estudantes (Faria et al, 2022;Oliveira et al, 2018;Santos & Silva, 2021;Zamprogno et al, 2020); dois avaliaram as percepções ou atitudes de educadores no contexto de bullying escolar (Mezzalira et al, 2021;Bitencourt et al, 2020); dois investigaram os efeitos de alguma intervenção de combate ao bullying (Alencastro et al, 2020;Bottan et al, 2020); um se interessou pelo impacto do bullying no bem-estar subjetivo (Alcantara et al, 2019); e outro pela produção subjetiva do cuidado (Pigozi, 2018). Esses dados mostram a maior presença de estudos quantitativos, que se interessam mais por analisar prevalências e fatores relacionados à ocorrência do fenômeno bullying, totalizando 11 artigos.…”

“…Além desses artigos supracitados, Veloso et al (2020) De um modo geral, os resultados desse segundo posicionamento discursivo, ao indicarem fatores associados ao risco de sofrer bullying, tensionam a versão de Olweus acerca da ausência de motivos para esse tipo de violência. O "bullying, tal como conceituado, não é, de maneira alguma, uma simples manifestação da violência sem qualquer fator determinante" (Antunes & Zuin, 2008, p. 36).…”

Validación de una escala de acoso escolar en adolescentes peruanos y diferencias según género

“…Also, a study that employed the EBIPQ on students in their first years of medical school in Panama found that 33.2% of participants were either victims or victimized bullies ( Silva-Villarreal et al, 2013 ). In this regard, Rodrigues Veloso et al (2020) recommend taking immediate actions to prevent vulnerable situations that affect students’ well-being and quality of life.…”

Concepção de violência para crianças do Ensino Fundamental I

“…Em levantamento feito de modo assistemático nas bases de dados Scielo e no portal de Periódicos Capes, percebeu-se que são muitas as pesquisas sobre violência escolar, especialmente sobre o bullying, mas a maioria delas feitas com professores e alunos do ensino fundamental II e ensino médio (Flôres, Visentini, Faraj & Siqueira, 2022;Malta et al, 2022;Reisen, Leite & Santos Neto Neto, 2021;Romeiro, Corrêa, Pazó, Leite & Cade, 2021;Veloso et al, 2020;Cruz & Malta, 2018;Giordani, Seffner & Dell'Aglio, 2017). Poucas destas pesquisas incluíram como participantes crianças matriculadas no ensino fundamental I. Esta constatação deu-se justamente pela busca de pesquisas que ajudassem a compreender o comportamento permeado pela violência das crianças que participaram da pesquisa.…”