O artigo tem como tema o esgotamento psíquico decorrente do trabalho de agentes comunitários de saúde, e para nortear as análises, definiu-se como problema o levantamento das relações que se pode estabelecer entre o trabalho desenvolvido por agentes de saúde e o esgotamento psíquico. A partir daí objetivou-se contextualizar o tema esgotamento psíquico no âmbito dos estudos da psicopatologia; refletir sobre as condições de trabalho e seus estressores e analisar a atuação dos agentes de saúde. A escolha do tema foi motivada pelo exercício profissional de uma das autoras, que trabalha em uma Unidade Básica de Saúde no município de Areal/RJ e convive com agentes comunitários de saúde onde pode perceber as tarefas desenvolvidas, as ansiedades, as realizações e as dificuldades dos agentes no ambiente de trabalho. O texto fundamenta-se nos estudos da Psicologia Organizacional, da Psicopatologia para consolidar o tema esgotamento psíquico e textos disponibilizados pelo SUS sobre o agente de saúde. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa teórica, de base bibliográfica com consultas a artigos científicos, bem como, capítulos de livros sobre o tema. Considerou-se como resultado, que o esgotamento psíquico dos agentes comunitários de saúde, decorrente do trabalho que executam relacionam-se, em boa parte, com as condições de trabalho que envolvem: a exaustão emocional, fruto das relações interpessoais que vivenciam; a falta de equipamentos adequados no ambiente de trabalho; o cansaço gerado pelas visitas domiciliares a lugares distantes de difícil acesso, dentre outros.