2020
DOI: 10.1590/1980-4369e2020003
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Edição, política e ditadura: dois livros de oposição da Editora Alfa-Omega

Abstract: RESUMO Neste artigo, analisarei a edição, pela Editora Alfa-Omega, de São Paulo, de dois livros de oposição: A Ilha (um repórter brasileiro no país de Fidel Castro), de Fernando Morais (1976), e Os exilados: 5 mil brasileiros à espera da anistia, de Cristina Pinheiro Machado (1979). A partir da análise da história da editora, do processo de produção e edição dos livros enfocados e da sua repercussão, buscarei mostrar como e por que eles se caracterizaram como livros de oposição à ditadura então vigente no Bras… Show more

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“…Cox defende que o racismo é um assinto da civilização capitalista moderna e não existia nem com os gregos e nem com os romanos, identificando indícios de desenvolvimento desse fenômeno desde a derrocado do império romano na zona de influência católica ocidental, onde se assistiria ao surgimento de uma primeira discriminação racial baseada em ser ou não ser cristão. (MONTAÑEZ PICO, 2018, p.147) Neste mesmo sentido, para Quijano 3 , a América constitui-se portanto como o primeiro espaço/tempo de um padrão de poder a partir de dois processos históricos sendo, de um lado, a codificação das diferenças entre conquistadores e conquistados na ideia de raça, ou seja, uma "supostamente distinta estrutura biológica que situava a uns em situação natural de inferioridade em relação a outros" e, de outro, a "articulação de todas as formas históricas de controle do trabalho, de seus recursos e de seus produtos em torno do capital e do mercado mundial".…”
Section: Introductionunclassified
“…Cox defende que o racismo é um assinto da civilização capitalista moderna e não existia nem com os gregos e nem com os romanos, identificando indícios de desenvolvimento desse fenômeno desde a derrocado do império romano na zona de influência católica ocidental, onde se assistiria ao surgimento de uma primeira discriminação racial baseada em ser ou não ser cristão. (MONTAÑEZ PICO, 2018, p.147) Neste mesmo sentido, para Quijano 3 , a América constitui-se portanto como o primeiro espaço/tempo de um padrão de poder a partir de dois processos históricos sendo, de um lado, a codificação das diferenças entre conquistadores e conquistados na ideia de raça, ou seja, uma "supostamente distinta estrutura biológica que situava a uns em situação natural de inferioridade em relação a outros" e, de outro, a "articulação de todas as formas históricas de controle do trabalho, de seus recursos e de seus produtos em torno do capital e do mercado mundial".…”
Section: Introductionunclassified
“…É clara a relação dialógica entre os contos, uma vez que as autoras contemporâneas alimentam a expectativa de leitoras e leitores desde o título das narrativas, para depois subvertêlas, abandonando as características mais cristalizadas do enredo do conto de fadas e superando as limitações históricas e temáticas do Romantismo -nas relações estéticas mantidas com a formação do mundo burguês -dos séculos XVIII e XIX, nas quais estavam inscritos os Grimm (HAUSER, 1982a(HAUSER, , 1982bBENJAMIN, 1988;ZIPES, 2000;BOTTIGHEIMER, 2009). Assim, criando, portanto, processos de atualização, em cada um dos contos contemporâneos, que se baseiam em uma série de elementos constitutivos do conto de fadas literário que são rompidos, como a figuração da protagonista, ou retomados, como o nome das histórias ou mesmo a proposição de uma protagonista feminina.…”
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