Necrobiopoder: Quem pode habitar o Estado-nação?

Abstract

In the studies on trans-people, transvestites, black population, women, among others, the state appears as a fundamental agent that distributes in a non-egalitarian way the recognition of humanity. There is a core bibliographical reference shared by this field of research. Michael Foucault's concept of biopower, as a government technique that aims to "to make live, to let die", is recurrent. When the research refers to state violence, it usually triggers the notion of "sovereignty", also by Foucault's, as opposed to governability (a set of techniques that are life-oriented). More recently Achille Mbembe's concept of necropower has become part of this conceptual corpus. This article suggests another concept: necrobiopower. Necropower and biopower are inseparable terms for one to think about the relation of the State with the human groups that inhabited and inhabit the marks of the Nation-State. Livable life and killable life, to use the terms of Giorgio Agamben, are forms of population management and cannot be put in a chronological perspective, where the necropower (or sovereign power) would have been surpassed by biopower.

“Célula de proteção comunitária”

“…As implicações da célula se relacionam a uma racionalidade necrobiopolítica, indicada pela gestão e produção de diferenciações entre vidas vivíveis e vidas não vivíveis, entre corpos que podem e que não podem habitar em sua plenitude os espaços públicos da cidade. Essa racionalidade põe em execução certa política de subjetivação produtora de juventudes desiguais e potencialmente perigosas com especial incidência nas margens urbanas e na trama de seus viventes, cujo efeito é a reiteração, pelo dispositivo de segurança e suas facetas criminalizantes, de funções de sujeição ligadas à subjetivação capitalística: segregação, culpabilização e silenciamento (Bento, 2018;Kilomba, 2016;Guattari & Rolnik, 2015;Diógenes, 2009).…”

Necropolítica, políticas públicas interseccionales y ciudadanía trans

“…No obstante, Berenice Bento (2018), al observar la expresión simultánea y concomitante de las estrategias de distribución de la vida y la muerte en contextos como Brasil, apela al uso del término necrobiopoder para interpretar un conjunto de técnicas de gobernabilidad caracterizadas por el uso simultáneo de recursos de promoción de la vida y de la muerte. Dichas técnicas se asocian al uso de atributos que: (1) califican y (2) distribuyen los cuerpos en jerarquías, de acuerdo con la posibilidad o no de su reconocimiento como humanos.…”

“…Se trata de espacios de abyección que, según analiza la autora, designan zonas inhabitables de la vida social que sin embargo están densamente pobladas. Frente a la necesidad de su problematización, de los rituales y mecanismos empleados para la «eliminación» de esas poblaciones cuyas vidas no son preservadas por el Estado de derecho, dialogamos con la noción de necropolítica de Achille Mbembe (2011) y de necrobiopoder de Berenice Bento (2018), inten-NECROPOLÍTICA, POLÍTICAS PÚBLICAS INTERSECCIONALES Y CIUDADANÍA TRANS* tando generar campos de visibilidad en torno a las fuerzas que pautan esas «zonas de inhabitabilidad» e «ininteligibilidad» (Butler 2002).…”

Por Uma Formação Não Fascista: Experimentações Docentes Na Cibercultura

“…Na contemporaneidade, a letalização da vida tem se tornado prática do nosso atual Estado de Exceção e (ultra)neoliberal, essa anomalia transformou-se em norma (AGAMBEN, 2004), que não é mais composta somente por uma biopolítica (FOUCAULT, 2017), o direito de fazer viver, mas também é parte de uma necropolítica (MBEMBE, 2016), política do extermínio, ou melhor, por uma necrobiopolítica (BENTO, 2018). Com isso, estamos querendo argumentar que, para que determinados grupos privilegiados tenham ampla acesso ao Estado, é preciso que outros grupos paguem por isso, inclusive com a própria vida.…”