2018
DOI: 10.1590/18094449201700510006
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Os Meninos de Rosa: sobre vítimas e algozes, crime e violência

Abstract: ResumoEste artigo objetiva tratar das aproximações e dos distanciamentos entre duas figuras fundamentais para os processos de Estado, as vítimas e seus algozes. Estruturando-se a partir de dois momentos etnográficos distintos, o momento da entrevista com Rosa, uma militante de Direitos Humanos e mãe de Gabriel, um menino cujo assassinato teria sido motivado por homofobia, e o momento da sessão do tribunal do júri que levou à condenação dos dois acusados por esse homicídio, este texto tematiza as "reciprocidade… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
1

Citation Types

0
0
0
1

Year Published

2021
2021
2023
2023

Publication Types

Select...
4
1

Relationship

4
1

Authors

Journals

citations
Cited by 6 publications
(1 citation statement)
references
References 18 publications
(5 reference statements)
0
0
0
1
Order By: Relevance
“…Seus perpetradores não precisam ser soberanos, sujeitos concentradores de poder ou decisivamente mal-intencionados, tampouco monstruosos. São, no mais das vezes, operadores da burocracia que, quando voltados ao sistema de justiça criminal, tendem a pressupor o crime desde a sua mera enunciação, endossando e retroalimentando processos de criminalização que se dão em "linhas de montagem", como Manuela Abath Valença (2012) percebeu, e que se realizam reciprocamente à gestão de corpos racializados e de regra marcados por relações desiguais de classe, gênero, sexualidade, geração e territoriais, como um cada vez maior conjunto de etnografias têm perquirido (Efrem Filho, 2017b;Farias, 2014;Maldonado, 2020;Mello, 2019).…”
Section: Ressonâncias E Constrangimentos De Estadounclassified
“…Seus perpetradores não precisam ser soberanos, sujeitos concentradores de poder ou decisivamente mal-intencionados, tampouco monstruosos. São, no mais das vezes, operadores da burocracia que, quando voltados ao sistema de justiça criminal, tendem a pressupor o crime desde a sua mera enunciação, endossando e retroalimentando processos de criminalização que se dão em "linhas de montagem", como Manuela Abath Valença (2012) percebeu, e que se realizam reciprocamente à gestão de corpos racializados e de regra marcados por relações desiguais de classe, gênero, sexualidade, geração e territoriais, como um cada vez maior conjunto de etnografias têm perquirido (Efrem Filho, 2017b;Farias, 2014;Maldonado, 2020;Mello, 2019).…”
Section: Ressonâncias E Constrangimentos De Estadounclassified