“…Nos nudes de Ane, gênero e raça são dimensões inescapáveis da composição das imagens. Criticando certo estereótipo que hiper sexualiza mulheres brasileirasem especial, negras ou "mulatas" (Correa, 1996) como um dos principais atrativos do país enquanto olimpo erótico, espécie de "paraíso sexual" (Simões, 2016) Para esses rapazes, muitos dos quais homossexuais, a troca de nudes propiciaria a circulação descontraída e excitante de conteúdos eróticos "mais reais" do que a pornografia profissional, vista como "falsa", "forçada" ou "sem graça". Apesar de diversos pedidos de minha parte, e do fato desses grupos serem "mistos" (compostos tanto por homens e mulheres quanto por pessoas de diferentes orientações), nunca fui admitida em nenhum deles.…”