Introdução: A prevalência de prescrição de benzodiazepínicos para idosos é elevada, porém, essa classe de medicamentos é potencialmente inadequada, devido a possíveis reações adversas. As alterações decorrentes do envelhecimento podem interferir na farmacocinética e farmacodinâmica dos medicamentos. Benzodiazepínicos de meia-vida longa, como o Diazepam, têm maior chance de envolver idosos em acidentes graves. Objetivo: Este estudo tem como objetivo avaliar a qualidade de vida de idosos atendidos pelo SUS na cidade de Alfenas que fazem uso contínuo de benzodiazepínico. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo transversal com 100 idosos, utilizando um instrumento genérico de avaliação da qualidade de vida, SF-36 (Medical Outcomes Study 36 -Item Short-Form Health Survey). A coleta de dados foi realizada entre junho e setembro de 2016, na CDM do município de Alfenas, por meio de entrevistas realizadas no momento da dispensação do benzodiazepínico. Resultados: A análise estatística não mostrou correlação significativa entre as médias, demonstrando, dessa forma, que não houve alteração da qualidade de vida dos usuários de Diazepam, quando comparados com outros benzodiazepínicos. Observou-se que 71 (71%) dos pacientes eram do sexo feminino. O benzodiazepínico mais utilizado foi o Clonazepam (68%), seguido do Diazepam (26%), Lorazepam (4%) e Bromazepam (2%), respectivamente. Quanto à QV, a dimensão do SF-36 mais comprometida foi o aspecto físico (44,6). O melhor índice foi encontrado na dimensão aspectos sociais (63,9). Conclusões: Os achados deste estudo evidenciam que há um comprometimento geral na qualidade de vida dos idosos usuários de benzodiazepínicos, residentes no município de Alfenas, Minas Gerais.
Palavras-chave:Benzodiazepínicos; idosos; qualidade de vida.