“…Nos últimos tempos, devido à expansão territorial das cidades, à alta densidade populacional e às carências habitacionais, como as invasões, especialmente em áreas rurais, associado à baixa capacidade de desenvolvimento da infraestrutura socioambiental, contatou-se uma maior inadequação dos sistemas de coleta de esgoto e de resíduos sólidos, prejudicando o ambiente e, consequentemente, o controle das doenças relacionadas à essa degradação das águas. O direito à água potável é essencial para fins domésticos habituais, incluindo a higiene pessoal; segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 8 em cada 10 pessoas que vivem em áreas, principalmente rurais, em todo o mundo, não têm acesso a serviços básicos de água potável, assim como 7 em cada 10 não têm disponibilidade aos serviços de saneamento básico (OMS, 2020a;Ataide;Borja, 2017;Vila Nova;Tenório, 2019). Diante disso, quando há um desequilíbrio na concentração desses agentes patogênicos no ambiente, ocorrem os surtos e as epidemias, aumentando consideravelmente a transmissão de doenças de veiculação hídrica (OMS, 2020b).…”