Riscos ergonômicos e sintomas musculoesqueléticos em técnicos administrativos do Instituto Federal Catarinense durante o teletrabalho na pandemia da COVID-19

Abstract

RESUMO O objetivo deste estudo foi avaliar os sintomas osteomusculares e os riscos ergonômicos nos ambientes de teletrabalho dos técnicos administrativos do Instituto Federal Catarinense (IFC). Participaram 142 técnicos administrativos, que responderam um questionário online sobre informações sociodemográficas, realização de tarefas, ambiente de trabalho e dor musculoesquelética. Os dados foram analisados por meio de uma regressão logística binária separadamente para cada desfecho, utilizando como variáveis dependentes as dores no pescoço, no ombro direito e na coluna lombar. A prevalência de dor entre os técnicos administrativos foi de 92,7% e as regiões mais afetadas foram o pescoço, a coluna lombar e o ombro direito. Os principais riscos ergonômicos foram: sobrecarga mental (estresse), mesa, monitor e cadeira de trabalho inadequados, ausência de orientação acerca dos riscos ergonômicos e das adaptações no ambiente de trabalho. Foi observada associação entre dor no pescoço e os técnicos administrativos que apresentaram maior sobrecarga mental (estresse), não fazem atividade física, não trabalhavam com mesa ao nível do cotovelo, não tinham espaço para apoiar os antebraços e utilizavam o touchpad; e entre dor no ombro direito e os técnicos administrativos que não tinham espaço para apoiar os antebraços e utilizavam o touchpad. Ainda, a dor na coluna lombar foi associada às mulheres que não possuíam apoio para os pés, mesa ao nível do cotovelo e cadeira com apoio lombar e estofamento, assim como àquelas que apresentaram maior sobrecarga mental (estresse). Conclui-se que é importante a instituição fornecer equipamentos e mobiliários adequados e oferecer treinamentos sobre os riscos ergonômicos presentes no trabalho.

Relación entre mala práctica ergonómica y riesgo de lesiones musculoesqueléticas laborales [Relationship between ergonomic malpractice and risk of occupational musculoskeletal injury]

“…Mientras que el presente estudio muestra que un 10% de los trabajadores experimentaron una reducción en su actividad laboral debido al dolor en la espalda baja, dicho artículo (Castillo et al, 2020), revela que el dolor de cuello y mano/muñeca son los que más dificultan el trabajo y restringen las actividades diarias. Estas diferencias resaltan la complejidad del problema del dolor músculo-esquelético en el lugar de trabajo y la importancia de abordarlo desde múltiples perspectivas para implementar intervenciones efectivas de prevención y tratamiento (Morales et al 2021;Guimarães et al 2022;Gómez-Salazar, 2022).…”

Confecção de órtese 3d para tratamento fisioterapêutico de lombalgia aguda

“…Há diversos fatores de riscos que podem favorecer o surgimento das lombalgias (Câmara-gomes,2022), o surgimento da dor acontece principalmente em trabalhadores que apresentam uma atividade laboral com excesso de sobrecargas musculoesqueléticas. Ademais, quando essa sintomatologia é apresentada mediante a ações do trabalhador a lombalgia entra como uma doença osteomuscular relacionada ao trabalho (DORT), em virtude ao que se refere a um distúrbio que afeta o aparelho locomotor (Guimarães, 2022).…”