Intersections between Race and Class: A Postcolonial Analysis and Implications for Organizational Leaders

Abstract

This article seeks to understand the construction of racial identity in the Brazilian social context and its intersections with social class, aiming to analyze the occurrence of race resignification in this intersectional process, a process called the classification of race herein. Considering that business students will be leaders involved with the elaboration of organizational policies, this article seeks to contribute to the development of racial diversity policies in the field. Interviews were thus held with undergraduate students of management in a Brazilian university. The interviews occurred in focus groups, and data analysis was performed by means of discourse analysis from a postcolonial identity perspective, which allowed us to conclude that the boundaries between race and class are quite tenuous, to the point that racial aspects are reduced to merely involving social class. At the same time, social class acts as a form of whitening. The reduction of race to social class is a strategy of denying race as a social marker that produces inequalities and denying the existence of structural racism in the Brazilian society, thus bearing the myth that Brazil is a racial democracy.

O papel das relações raciais no mercado de trabalho brasileiro: processos de recrutamento e seleção em foco

“…Isso significa que a questão racial ficou resumida a classe social, o que favorece a negação do racismo estrutural e causa desigualdades alimentadas pelo mito da democracia racial (E. M. Souza, 2019b;Teixeira et al, 2020) e pelo fato dos lugares privilegiados na sociedade serem ocupados por pessoas brancas (Gurgel & Colaço, 2020). De acordo com Lemos e Fraga (2021), a classe social é uma estrutura excludente em que as pessoas conseguem superar a condição de baixa renda por meio de muito esforço e da educação.…”

Dicionário De Gestão De Pessoas E Relações De Trabalho No Brasil

“…Tal corrente mais contestadora também tem inserido perspectiva interseccional sobre a análise etária nas organizações, evidenciando realidades múltiplas e complexas que transcendem a questão da idade ao se relacionar com outros marcadores sociais (como gênero, raça e classe social), em especial em contextos tão desiguais quanto o brasileiro (Souza, 2019;Barbosa & Paiva, 2022).…”

Racismo no mercado de trabalho

“…2 Do racismo estrutural ao institucional: um produto da supremacia branca O racismo estrutural nas sociedades brasileiras e americanas é demonstrado em diversos estudos (BAILEY; FELDMAN; BASSETT, 2021), que dizima de forma direta e indireta populações negras, excluindo-as do acesso aos princípios universais, comprometendo sua identidade social por meio de estereótipos racistas negativos (GAERTNER; MCLAUGHIN, 1983;DESOUZA, 2019). Essas atitudes racistas ocasionam consequências diretas que levam à exclusão, ao conflito e à privação em todo o mundo (WILLIAMS; PRIEST, 2015).…”

“…Entende-se por sujeito todo agente capaz não somente de "apropriar-se da língua" para agir por meio dela (BENVENISTE, 1989;LOPES, 2004), mas também de se constituir como sujeito pela linguagem (LOPES, 2004) A questão do sexismo e da estética no Brasil é um problema sério que afeta as mulheres que não atende o padrão, que é a mulher branca, magra (GAERTNER; MCLAUGHIN, 1983;WATKINS et al, 2006;DESOUZA, 2019; FERREIRA; NUNES, 2020) impactando na autoestima, podendo levar a transtornos de personalidade. Por isso, a raça negra precisa se desvincular da dominação branca que impõe determinados padrões, vivenciar e impor as características de sua raça, como meio de resistência, pois desde sempre foi negligenciada da qualidade de seus atributos, permanecendo em processo de subalternização.…”