“…Desse modo, o ensino e a aprendizagem são considerados apenas no plano discursivo como indissociáveis e inter-relacionados (e no caso da EI nem no plano discursivo são admitidos) e não como unidade contraditória, desdobrando-se na sala de aula situações que não contribuem para uma formação humana em suas máximas possibilidades. Saviani (2019), com base no materialismo histórico-dialético, imprimiu à pedagogia histórico-crítica fundamentos ontológicos, epistemológicos e metodológicos e identificou três momentos dialeticamente relacionados que toda pedagogia crítica deve conter: 1) compreender a natureza da educação, aproximando-se de suas características estruturais, apreendendo-a em sua concretude -o autor salienta a importância da teoria, pois é ela que explicita o conteúdo objetivo dos fenômenos, ou seja, ela possibilita reconstruir, em pensamento, o concreto -; 2) tecer críticas às teorias hegemônicas, situando-as historicamente (recuperando o contexto de surgimento e seus processos de desenvolvimento), desvelando quais seus interesses sociais e a quem servem, identificando epistemologicamente seus pressupostos e concepções -precisamos lembrar aqui que o autor, ao tecer críticas, não deixar de reconhecer seus acertos e contribuições aos interesses populares -; 3) formular as diretrizes pedagógicas que permitem a reorganização do trabalho educativo e, nesse caso, referindo-se a Vigotski, Saviani (2019) destaca que "(. .…”