“…No contexto da biomedicalização, os médicos já não hegemonizam como antes o processo do cuidado compartilhando o exercício do poder e do governo da conduta com outros "centros de poder" que se localizam em locais díspares, como o complexo médico-industrial, as farmacêuticas, o aparato biotecnológico e "centros" que exercem seu poder a partir de interesses e desejos de consumidores e/ou cidadãos 1,2,7 . Nesse processo, os médicos permanecem tendo um papel simbólico de autoridade e expertise, porém, seu lugar social vai sendo paulatinamente modificado, dividindo suas antigas atribuições com outras profissões da saúde e, mais do que isto, com experts como biólogos, químicos, matemáticos e engenheiros.…”