ResumoAs doenças crônicas como Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus Tipo 2 representam um importante problema de Saúde Pública, são de longa duração e comumente exigem acompanhamento multidisciplinar permanente e intervenções contínuas. O presente artigo objetiva refletir acerca da possibilidade de os grupos na atenção básica serem um dispositivo de cuidado para pacientes com diabetes e hipertensão por meio de uma revisão de literatura crítica-reflexiva não sistemática. O artigo se organiza em dois tópicos: no primeiro são tecidas algumas considerações sobre processo saúde-doença e atenção básica -novos desafios; no segundo aborda-se as práticas grupais desenvolvidas na atenção básica com pacientes crônicos. O trabalho com grupos ainda é um desafio para algumas equipes de saúde, porém quando as práticas grupais se efetivam através de uma perspectiva relacional e interativa em que os problemas e as soluções são partilhados num ambiente empático, seguro e contentor, essas têm se mostrado estratégias importantes e efetivas de promoção de saúde e autocuidado. Palavras-chave: Grupos; Atenção Básica; Doenças Crônicas.
The Groups as a care device in AB for working with patients with Diabetes and Hypertension AbstractChronic diseases such as Systemic Arterial Hypertension and Diabetes Mellitus represent an important Public Health problem, are long lasting and commonly require permanent multidisciplinary follow-up and continuous interventions. The present article aims to reflect on the possibility of the groups in the primary health care being a care device for diabetics and hypertensives, based on aspects found in the literature. The article is organized in two topics, the first one is some considerations on the health-disease process and primary health care: new challenges, and then the group practices developed in primary health care with chronic patients. Working with groups is still a challenge for some health care teams, but when group practices are carried out through a relational and interactive perspective in which problems and solutions are shared in an empathic, safe and moderate environment, these have shown important and effective strategies of health promotion and self-care.