“…Procurando entender de modo mais abrangente o fenômeno da migração, Berry (1997), ao apresentar o seu modelo de aculturação, considera que os imigrantes, quando se inserem em um novo ambiente cultural, podem, em seus atos e escolhas, optar pela manutenção ou pelo abandono da sua cultura de origem e manter muito, pouco ou quase nenhum contato com os membros da sociedade que os recebe. A combinação destas possibilidades resulta em distintas estratégias de aculturação, entre elas a integração que, em comparação com as demais estratégias, é apontada pelo autor como a mais benéfica para o imigrante, pois facilita a sua incorporação na nova sociedade de vivência, já que pode permitir conservar as normas e valores de sua cultura original mantendo o contato desejado com os membros da nova comunidade (SOUSA; GONÇALVES, 2015). Assim, integrar-se parte da ideia de que o indivíduo, ou um grupo específico, não deve necessariamente abdicar de seus costumes originais (idioma e religião, por exemplo) para estar presente por inteiro na rotina da sociedade receptora, mesmo que esses costumes representem entraves.…”