2019
DOI: 10.1590/1806-9584-2019v27n357771
|View full text |Cite
|
Sign up to set email alerts
|

Corpo infectado/corpus infectado: aids, narrativa e metáforas oportunistas

Abstract: Resumo: A constante presença do corpo nas narrativas de aids (e a consequente problematização do seu status ontológico) é apenas uma recorrência temática, ou estaria ligada a processos metafóricos e alegóricos que apontam para uma discussão para além da corporeidade humana? Mais do que isso, constantes em todas as narrativas de aids são a urdidura que confronta, simultaneamente, uma micropolítica do desejo, relacionada ao exercício ascético com a construção do si mesmo através da dicção literária (não raro ext… Show more

Help me understand this report

Search citation statements

Order By: Relevance

Paper Sections

Select...
2

Citation Types

0
0
0
3

Year Published

2020
2020
2022
2022

Publication Types

Select...
3
1
1

Relationship

0
5

Authors

Journals

citations
Cited by 24 publications
(3 citation statements)
references
References 2 publications
0
0
0
3
Order By: Relevance
“…A tentativa de compreender a estrutura dos relatos confessionais surgidos, sobretudo, a partir da segunda metade dos anos 1990, ocorre quando "começa a se consolidar uma nova tradição, espécie de desdobramento da gay and lesbian fiction, que pode ser chamada de 'literatura de aids', 'narrativa(s) de aids' ou, ainda, 'ficção/ficções da aids' na esteira das discussões propostas por Pearl" (p 3) 30 . Uma investigação das obras com acento confessional sobre a aids, produzidas entre os anos 1990 e as primeiras décadas do novo milênio no Brasil, aponta como uma das referências o livro autobiográfico O segundo armário: diário de um jovem soropositivo (2016), de Gabriel de Souza Abreu 30 . Outras publicações que se destacaram e que partem da narrativa autobiográfica são: Cinema Orly (1999), de Luís Capucho, romance que trata da experiência/vivência da aids.…”
Section: As Várias Camadas Semânticas Sobre O Vírus Na Literaturaunclassified
See 1 more Smart Citation
“…A tentativa de compreender a estrutura dos relatos confessionais surgidos, sobretudo, a partir da segunda metade dos anos 1990, ocorre quando "começa a se consolidar uma nova tradição, espécie de desdobramento da gay and lesbian fiction, que pode ser chamada de 'literatura de aids', 'narrativa(s) de aids' ou, ainda, 'ficção/ficções da aids' na esteira das discussões propostas por Pearl" (p 3) 30 . Uma investigação das obras com acento confessional sobre a aids, produzidas entre os anos 1990 e as primeiras décadas do novo milênio no Brasil, aponta como uma das referências o livro autobiográfico O segundo armário: diário de um jovem soropositivo (2016), de Gabriel de Souza Abreu 30 . Outras publicações que se destacaram e que partem da narrativa autobiográfica são: Cinema Orly (1999), de Luís Capucho, romance que trata da experiência/vivência da aids.…”
Section: As Várias Camadas Semânticas Sobre O Vírus Na Literaturaunclassified
“…O livro intitulado Depois daquela viagem: diário de bordo de uma jovem que aprendeu a viver com aids narra a história de uma adolescente heterossexual que contraiu o vírus HIV do namorado. "Ao contrário das narrativas de aids que retratam a década de 1980, esses três artefatos culturais relatam enredos ficcionais que se passam já ao longo das décadas de 1990 ou dos anos 2000, momentos históricos nos quais tanto a síndrome quanto o vírus a ela associado já estão recobertos por algumas camadas semânticas, muito em função das metáforas e alegorias criadas ao longo da década de 1980 para significar culturalmente a aparição de um quadro clínico (ou, ainda, de uma sintomatologia) até então sem antecedentes" (p. 5) 30 .…”
Section: As Várias Camadas Semânticas Sobre O Vírus Na Literaturaunclassified
“…Ao pensarmos nessas questões referentes à emergência pandêmica da covid-19, nos recordamos de uma outra pandemia que ingressa na quinta década de existência: a do vírus da imunodeficiência humana (HIV) e da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) 3 . Com os primeiros casos de aids diagnosticados no começo da década de 1980, esta deixou grandes marcas mundo afora, ceifando múltiplas vidas e impactando intensamente na cultura vigente (RACHID, 2020;JARDIM, 2019;ALÓS, 2019). Segundo o Programa das Nações Unidas de Combate à Aids -UNAIDS (2021), até o final de 2020, cerca de 34,7 milhões de pessoas morreram em decorrência da aids no mundo e, atualmente, aproximadamente 37,6 milhões de pessoas vivem com HIV.…”
unclassified