Introdução: a Fronteira Internacional, que delimita o Brasil a outros países da América Latina, é local de grande fluxo de migração, possibilitando a disseminação de doenças contagiosas. O sarampo, doença de elevado grau de transmissibilidade e relevância pública, apesar de ser imunoprevenível, demonstrou um pico de incidência importante nessas áreas. Objetivo: evidenciar na literatura científica atualmente disponível, a influência do fluxo populacional para o sarampo como doença reemergente na fronteira internacional franco-amapaense. Material e Métodos: estudo qualitativo de revisão narrativa a partir de artigos indexados nas bases de dados BVS, SCIELO e PERIÓDICOS CAPES durante o mês de maio de 2021, referentes aos últimos 10 anos. Resultados e Discussão: verificou-se pelos dados apresentados a influências das fronteiras na disseminação de doenças contagiosas, devido ao grande fluxo de pessoas em função do turismo, busca por melhores condições de vida e emprego. Na fronteira Franco-Amapaense, esse fluxo migratório está relacionado à extração artesanal de minérios (como o ouro). Além disso, a baixa cobertura vacinal e os movimentos antivacina contribuíram para o ressurgimento do sarampo no Brasil. Conclusão: É importante que os países ajam em redes colaborativas de cuidados à saúde e prevenção, especialmente nas áreas fronteiriças, para evitar o ressurgimento de doenças outrora erradicadas.