2016
DOI: 10.1590/15174522-018004303
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A dignidade das pertenças e os limites do neoliberalismo: catástrofes, capitalismo, Estado e vítimas

Abstract: Resumo Neste artigo aborda-se a forma como as catástrofes revelam a lógica de funcionamento e de atuação do capitalismo, e como, no limite, os Estados são o garante último de apoio e de reconstituição dos laços sociais e das comunidades, após a ocorrência de um desastre. Argumenta-se que o Estado é o mediador e o recurso de última instância legitimador da integração das sociedades no capitalismo global, e que a linha abissal que define os integrados e os descartáveis ou invisíveis percorre tanto o Sul como as … Show more

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“…Recente, conflituoso e humilhante, o evento da ilha não se tornou memória familiar (E. Souza, comunicação pessoal), talvez traumática demais para ser lembrada (Domanska, 2002). Como outros desastres, esse também expôs as perversidades da sociedade afetada (Mendes, 2016), em processos de materialização do racismo e das desvantagens que movem a modernidade.…”
Section: Enquadrando Uma Ilhaunclassified
“…Recente, conflituoso e humilhante, o evento da ilha não se tornou memória familiar (E. Souza, comunicação pessoal), talvez traumática demais para ser lembrada (Domanska, 2002). Como outros desastres, esse também expôs as perversidades da sociedade afetada (Mendes, 2016), em processos de materialização do racismo e das desvantagens que movem a modernidade.…”
Section: Enquadrando Uma Ilhaunclassified
“…José Manuel Mendes (2016) O problema é que, muitas vezes, as recomendações não se atêm suficientemente, nas proposições sobre os riscos sociais intensificados pela pandemia, à violência estrutural alimentadora das desigualdades e da pobreza extremas derivadas de uma dada lógica econômica. Em condição de pobreza extrema, como uma forma de violência que atinge todas as particularidades da vida das pessoas em tal situação, elas são, quando muito, objeto de políticas e programas governamentais.…”
Section: Introductionunclassified
“…Esta discussão dos pobres como objeto de políticas públicas, possibilita a José ManuelMendes (2016) mobilizar diversos autores(BOLTANSKI, 1999;GUPTA, 2012;2013; SEN, 2008; para discutir "Que fios podem ligar os cidadãos e as cidadãs nessa comunhão como simples objetos dos seus Estados? "(MENDES, 2016, p.10).…”
unclassified
“…Se ha explorado la extensión de este régimen sociopolítico tanto en la gestión de la emergencia como en la ideación de la respuesta de los efectos del desastre (Ej. Schuller & Maldonado, 2016;Mendes, 2016;Barrios, 2017;Bay, 2019). Varios de los estudios abordan el problema desde enfoques críticos, en virtud de los cuales, los desastres no son naturales ni tampoco son eventos aislados o descontextualizados.…”
Section: Introductionunclassified