Indicadores Antropométricos E Fatores De Risco Cardiovascular Em Trabalhadores Rurais

Abstract

Introdução: A obesidade tem provocado diversos agravos à saúde, impulsionada pela industrialização, avanços tecnológicos, urbanização e estilo de vida; esses aspectos estão relacionados com disfunções cardiovasculares. Diversos fatores estão associados aos problemas saúde da população, os quais podem ser previamente identificados com técnicas simples, como medidas antropométricas e escores de risco, usadas para determinar possíveis riscos. Objetivo: Relacionar variáveis antropométricas com o Escore de Risco de Framingham (ERF) em trabalhadores rurais. Métodos: Estudo transversal com 138 trabalhadores rurais, submetidos ao questionário de estilo de vida, avaliação antropométrica, bioquímica, cardiovascular e determinação do ERF. A antropometria foi estimada com os indicadores índice de massa corporal, circunferência da cintura (CC), relação cintura-quadril (RCQ), índice de conicidade (IC) e razão circunferência cintura-estatura (RCEst); o perfil bioquímico identificou colesterol total, colesterol HDL, colesterol LDL, triglicerídeos e glicemia; a função cardiovascular foi avaliada pela pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica em repouso. A partir das informações, os sujeitos foram classificados segundo o ERF em G1 (baixo risco), G2 (risco intermediário) e G3 (alto risco). As análises estatísticas constaram de frequência e percentual, comparação de médias pelo teste Kruskal-Wallis, e correlação de Pearson ou Spearman, considerando p < 0,05. Resultados: Com relação aos ERF, 81,4% sujeitos do sexo feminino e 51,9% do masculino apresentaram baixo risco cardiovascular, com mais da metade dos trabalhadores com respostas inadequadas nos parâmetros RCQ (58,7%), RCEst (67,4%), CT (58,0%) e LDL (52,9%). Na relação do total de pontos absolutos do ERF com as variáveis antropométricas, CC e RCEst demonstraram correlações fracas (0,293 e 0,175, respectivamente) e RCQ e IC, correlações moderadas (0,475 e 0,459, respectivamente (0.293 and 0.175, respectively) and WHR and CI showed moderate correlations (0.475 and 0.459, respectively

Fatores de risco cardiovascular em uma população rural brasileira

“…After regression analysis, the variables that remained associated with the most significant number of cardiovascular risk factors were age and those related to excess body fat, such as TS, and especially WC, responsible for increasing the likelihood of farmers to have two or more risk factors. These results are compatible with other studies involving both rural and urban populations 8,10,32 .…”

“…In Santa Maria de Jetibá, more than half of the farmers had high WC (51.2%. n = 405), similar to the findings in rural workers in the South of the country (47.1%) 32 , but higher when compared to the percentage found in rural workers of the Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais (40.6%) 51 .…”

“…The main one was AH, found in more than a third of rural workers. Similar prevalence levels were found in rural communities in Bahia (36.5%) 30 , Minas Gerais (40%) 31 and Rio Grande do Sul (39.1%) 32 .…”

“…Matos and Ladeia 30 also did not identify gender influence in the increased cardiovascular risk in the rural community of Bahia. Pohl et al 32 , however, found a higher risk in male farmers and low socioeconomic class. Gender association was also found in rural workers in the South of Brazil 16 .…”

Presença De Assimetrias Posturais E Dores Musculoesqueléticas Em Membros Superiores De Indivíduos Adultos Com Excesso De Peso

“…A obesidade é uma doença crônica, não transmissível, caracterizada pelo acúmulo de gordura presente no corpo e pode ser determinada pelo valor do índice de massa corporal (IMC). Este é calculado em quilos, dividido pela estatura em metros ao quadrado sendo utilizado a partir dos seis anos de idade até a fase adulta (FERREIRA et al, 2015;MALTA et al, 2016;POHL et al, 2018;SILVA et al, 2012). Esta condição é considerada, atualmente, um problema de saúde pública no Brasil e no mundo elevando os gastos públicos para a sociedade (DIAS et al, 2017, ENES;SLATER, 2010;MENDES et al, 2016).…”