Influência do exercício físico na cognição: uma atualização sobre mecanismos fisiológicos

Abstract

RESUMO Embora um crescente corpo de literatura corrobore o papel benéfico do exercício sobre a cognição, não há consenso sobre os mecanismos que norteiam as adaptações cerebrais agudas e crônicas ao exercício. A presente revisão narrativa tem como objetivo apresentar e discutir os mecanismos pelos quais o exercício afeta o desempenho cognitivo. Agudamente, especula-se que os efeitos do exercício sobre a resposta cogni-tiva sejam mediados por aumentos no fluxo sanguíneo cerebral e, por conseguinte, no aporte de nutrientes, ou por um aumento na atividade de neurotransmissores. Cronicamente, especula-se que o exercício possa promover adaptações em estruturas cerebrais e plasticidade sináptica que culminariam com melhoras cog-nitivas. Tais hipóteses são discutidas à luz das evidências científicas disponíveis, tanto em modelos animais quanto em humanos. ABSTRACT Although a growing body of literature has supported the beneficial role of exercise on cognition, there is no consensus on the mechanisms underlying acute and chronic cerebral adaptations to exercise. The present review aims to present and discuss the mechanisms by which exercise affects cognitive performance. It has been speculated that the acute effects of exercise on cognitive response may be mediated by increases in cerebral blood flow and, hence, in nutrient availability, or by increases in neurotransmitter activity. It has been also postulated that chronic exercise may induce adaptations in brain structures and the synaptic plasticity, which would result in cognitive improvements. These hypotheses are discussed in light of available scientific evidence in animal models and humans RESUMEN Aunque un creciente cuerpo de literatura corrobore el papel benéfico del ejercicio sobre la cognición, no hay consenso sobre los mecanismos que nortean las adaptaciones cerebrales agudas y crónicas al ejercicio. La presente revisión narrativa tiene como objetivo presentar y discutir los mecanismos por los cuales el ejercicio afecta el desem-peño cognitivo. Agudamente, se especula que los efectos del ejercicio sobre la respuesta cognitiva sean mediados por aumentos en el flujo sanguíneo cerebral y, por consiguiente, en el aporte de nutrientes, o por un aumento en la actividad de neurotransmisores. Crónicamente, se especula que el ejercicio pueda promover adaptaciones en estructuras cerebrales y plasticidad sináptica que culminarían con mejoras cognitivas. Tales hipótesis son discutidas a la luz de las evidencias científicas disponibles, tanto en modelos animales como en humanos. Palabras clave: cerebro, actividad física, cognición. Artigo recebido em 29/11/2013, aprovado em 16/04/2014. INTRODUÇÃO Há décadas, tem sido demonstrada uma relação benéfica entre a prática de exercícios físicos e o metabolismo do sistema nervoso central 1,2. Interessantemente, logo após uma única sessão de exercício físico aeróbio realizado em intensidade moderada (i.e. ~ 50 % do VO 2pico), são observadas melhoras no desempenho de diferentes tarefas cognitivas, tais como velocidade de processame...

Acute effect of resistance exercise on cognitive function in people living with HIV

“…In the current study, we used a conventional resistance exercise prescription (3 series of 8 to 12 repetitions) with a moderate intensity (5 to 8 in the OMNI-RES scale), highly used in the literature and recommended by many authors. 36–38 Even so, we did not observe a significant effect of the intervention.…”

“…Although different studies point to the relevance of intensity in cognitive responses to exercise, 36,39–41 indicating that exercise at moderate intensity can improve cognitive function, 42 Quigley, MacKay-Lyon and Eskes 14 concluded that the duration of the session seems to be a more relevant variable. However, in PLHIV, the impact of these variables seems to be different, given that even reaching the time (> 45 min) recommended by Quigley, MacKay-Lyon and Eskes, 14 our data indicated that resistance exercise did not improve cognitive function.…”

“…Many studies have reported the ability of physical exercise intervening on different cognitive variables, like attention, inhibition, memory, and processing velocity. 36,39,42–44 Overall, studies with PLHIV are scarce, and research on acute resistance exercise are lacking. Souza et al.…”

Comparação Da Ansiedade E Da Capacidade Cognitiva Entre Idosos Praticantes De Caminhada E Musculação

“…Uma explicação para estes resultados é que ambos os exercícios físicos proporcionam um aumento do fluxo sanguíneo cerebral, ofertando um melhor aporte de nutrientes assim como, o aumento do número de neurotransmissores melhorando a capacidade cognitiva (RAMOS;CHAGAS, 2015). A longo prazo, o exercício físico é capaz de promover adaptações cerebrais e plasticidade cerebral que melhora o desempenho cognitivo (FILHO et al, 2014). Os idosos praticantes de musculação apresentam maior força muscular dinâmica e isométrica em membros superiores e inferiores quando comparados a sedentários ou praticantes de outro exercício físico (COELHO et al, 2014).…”

Functional Capacity in Advanced Older Adults

“…The practice of health-promoting and therapeutic physical activity, with minimal risks, is also a factor in the development of autonomy, self-esteem, and comprehensiveness of care. Such a measure can aid in sociability when adopted in therapeutic groups [41], helps in psychomotricity [42], improves cognitive performance [43], promotes the control of various cardiovascular risk factors [44], reduces the cancer risk [45], and favors lower risk of falls and fractures [46]. There is also evidence that regular physical activity can attenuate the effects of aging on the cardiovascular system [47,48].…”