“…Reflexionar sobre Ao observar a insistente projeção de indícios de um porvir devastador nos romances latino-americanos contemporâneos, incidência que revelaria aos leitores uma espécie de melancolia do futuro, Graciela Ravetti (2019) questiona se ainda temos direito de pensar no que o amanhã nos reserva. Se a falta de respostas ao questionamento é inquietante, a contrapartida estética à interrogação, segundo Gustavo Ribeiro (2016), estaria circunscrita ao não mensurável da morte, do trauma e do luto, cujos efeitos, segundo o crítico, repercutiriam sobre os romances latino-americanos contemporâneos, os quais passariam a utilizar, de modo reincidente, recursos como a seriação e a catalogação. Ainda segundo Ribeiro (2016), tais recorrências estéticas presentes nas literaturas latino-americanas contemporâneas -entendidas aqui como as manifestações surgidas após o término dos regimes de exceção -repetiriam um "impossível trabalho de luto, virtualmente infinito, mas que por isso mesmo deve ser realizado sem cessar" (Ribeiro, 2016, p. 82).…”