Proposta para Implementar Avaliação Formativa no Ensino Médio

Abstract

Resumo: Esta proposta baseou-se no modelo estrutural para análise da avaliação formativa, composto por processos inter-relacionados: comunicação de expectativas e critérios de sucesso; obtenção, coleta e interpretação de informações; fornecimento de feedback; e regulação da aprendizagem. Para ajudar o professor na implementação da avaliação formativa, articularam-se, com esses processos, as práticas: metodologia de aprendizagem baseada em problemas (ABP) e dimensões culturais de Hofstede. Durante um semestre e meio avaliou-se estatisticamente o desempenho de 55 estudantes. Competências e habilidades foram avaliadas em situações-problemas retiradas do Exame Nacional do Ensino Médio. O perfil cultural foi determinado pelo questionário Value Survey Model 1994. Como resultado observou-se melhora no desempenho acadêmico (p<0,05) e no comportamental dos estudantes (p<0,05). Porém, como a atribuição de nota é exigência do sistema, a postura avaliativa percorreu um nível intermediário entre classificatória e formativa. Formulários de apoio incluídos no plano pedagógico da escola favoreceram a prática de avaliação formativa.

Avaliação por pares e autoavaliação da aprendizagem baseada em problemas em ambiente de ensino remoto

“…Em um sentido amplo, a avaliação formativa pode ser entendida como o monitoramento progressivo do aluno, auxiliando-o no aprimoramento de suas habilidades cognitivas, à medida que são fornecidas informações sobre o seu progresso (SILVA et al, 2020).…”

Modelo de Avaliação Formativa para a Aprendizagem com Gamificação: Um Estudo de Caso para o Ensino de Engenharia

“…A verificação não implica que o sujeito retire consequências novas e significativas, uma vez que os erros não são aproveitados para rever o trabalho, rediscutir o conteúdo dado e modificar a realidade verificada. A aplicação da prova nos moldes tradicionais acaba servindo apenas para classificar o estudante e não para diagnosticar a realidade avaliada (Mendes, 2005;Santos et al, 2021;Silva et al, 2020). Bordernave (1977) argumenta sobre a determinação dos aspectos qualitativos e quantitativos do comportamento do estudante por parte do professor, alegando que essa determinação apresenta duas funções principais: (a) acompanhar o processo de aprendizagem, diagnosticando-a e controlando-a e (b) selecionar e classificar estudantes para a aprendizagem.…”

“…Segundo os autores, a quantificação é um primeiro passo em alguns casos, e conforme os objetivos, fundamental e imprescindível à avaliação, mas não suprime a necessidade imperiosa de todos os outros enfoques e procedimentos. Não é recomendável a avaliação baseada na competição, bem como é considerada prejudicial a comparação dos resultados obtidos pelos estudantes entre si (Mendes, 2005;Silva et al, 2020).…”

“…Nesse sentido, as tradicionais provas não seriam totalmente descartadas, mas fariam parte do sistema avaliativo, sem necessariamente ocupar o papel de maior destaque (Casanova et al, 2017;Cunha, 1999). O objetivo da avaliação formativa é dar a oportunidade ao estudante de tomar consciência das suas dificuldades, para assim perceber os seus erros e corrigi-los (Silva et al, 2020).…”

“…A perspectiva formativa de avaliação deve ocorrer por meio de um processo contínuo, de acordo com uma organização do ensino-aprendizagem, de maneira conjunta e colaborativa, promovendo a cooperação entre professores e alunos (Casanova et al, 2017;Santos et al, 2021). A disponibilização do retorno contínuo e personalizado ao estudante, de acordo com o seu desempenho, proporciona a articulação entre a coleta de informações e a ação necessária para a obtenção do objetivo almejado no processo de avaliação para a aprendizagem (Santos et al, 2021;Silva et al, 2020).…”