Possíveis confluências filosóficas e pedagógicas entre a educação ambiental crítica e a pedagogia histórico-crítica

Abstract

Resumo: O presente artigo propõe um debate sobre as relações filosóficas - ontológicas e epistemológicas - e político-pedagógicas entre a Educação Ambiental, em sua vertente crítico-marxiana, e a Pedagogia histórico-crítica. Postula-se que, ao se embasar no materialismo histórico-dialético, a Educação Ambiental constitui-se em um aparato teórico e metodológico valoroso, especialmente por potencialmente desenvolver um ato pedagógico emancipador, transformador e crítico, além de apresentar relevante potencial heurístico no desvelamento dos aspectos ideológicos e político-ecológicos da crise socioambiental. A educação ambiental crítica alinhada à Pedagogia histórico-crítica poderia, portanto, desenvolver uma práxis desveladora de conflitos socioambientais, no contexto do ensino e da aprendizagem escolar. Busca-se argumentar sobre a relevância da Pedagogia histórico-crítica na proposição de uma práxis de ensino que utilize a mediação didática como via de ajuste de conhecimentos científicos à realidade da sala de aula e à realidade sociocultural do estudante, em especial no tocante à relação sociedade e ambiente.

Filosofia na/da Educação Ambiental: a complexidade das produções do primeiro quindênio do século XXI

“…Embora sejam áreas comumente presentes nas pesquisas da EA, formaliza-se aqui a materialidade da informação como contexto.Até aqui fizemos a contextualização para fundamentar os processos analíticos que decorrem a seguir com a análise filosófica dos materiais divididamente em categorias filosóficas. lógica materialista, como descreveuPeneluc et al, (2018), parte do "primeiro momento que é a prática social", essa leitura racional da realidade é o processo lógico. A tomada de consciência que é cara para a EA ocorre com a subjetivação racional da materialidade social que mobiliza a pessoa para a transformação da realidade.…”

“…coloca neste tópico a clássica partição mente/corpo, eAbbagnano (2007, p. 60) coloca como 'ciência primeira' que no radicalismo poderíamos compreender como o produto da subtração de todos os predicados SER com o planeta. Isso aponta como a EA implica uma abordagem complexa para efetivar os seus objetivos.ParaPeneluc et al, (2018) a ontologia dialética é histórica e se dá pela práxis, no processo do trabalho, que o homem compreende a interconexão com a natureza e o SER se Mediante os critérios colocados na pesquisa dos materiais, nenhum artigo propôs algum tipo de investigação Metafísica na EA. Por justiça devemos apontar que, fora dos critérios propostos, alguns artigos trabalham a ontologia em relação a natureza ou em a lgum arranjo que envolva a EA, como alguns que citamos nesse capítulo.…”