2006
DOI: 10.1590/1415-47142006004003
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O olhar do outro primordial

Abstract: O objetivo deste trabalho é discutir a hipótese de uma causalidade pré-verbal da realidade psíquica, estabelecida no corpoa-corpo mãe-criança. O olhar é o objeto que intermedia essa relação. Ele é causa de desejo, institui uma falta e, como a palavra, deixa marcas sobre o bebê. No nosso entender ele constitui um objeto préverbal e, como tal, pré-anuncia o verbal, ou seja, cria a condição de. A percepção da mãe sobre o seu bebê é sempre uma suposição, passível de enganos, engodos e desmentidos. O jogo de olhare… Show more

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“…Nesse caso, a mãe acredita que sabe mais e melhor sobre o filho do que ele mesmoou até mais do que qualquer outra pessoae pode sobrecarrega-lo com suas imposições e desejos. Mas a percepção da mãe é suscetível a enganos 30 . Às vezes a criança tem plena capacidade para realizar a tarefa, mas não a faz conforme o desejo/necessidade do cuidador.…”
Section: Discussionunclassified
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“…Nesse caso, a mãe acredita que sabe mais e melhor sobre o filho do que ele mesmoou até mais do que qualquer outra pessoae pode sobrecarrega-lo com suas imposições e desejos. Mas a percepção da mãe é suscetível a enganos 30 . Às vezes a criança tem plena capacidade para realizar a tarefa, mas não a faz conforme o desejo/necessidade do cuidador.…”
Section: Discussionunclassified
“…A baixa satisfação com o desempenho ocupacional também pode estar associada à dicotomia da criança real e da criança imaginária 30 . Apesar de a criança ter bom estado de saúde e desenvolvimento adequado à faixa etária, a mãe pode esperar mais do que a criança é capaz ou consegue fazer.…”
Section: Discussionunclassified
“…Para uma mãe, o nascimento do bebê traz certo estranhamento, que pode durar ou não, resultado da dicotomia entre o bebê imaginário e o bebê real (Queiroz, 2006). Ao saber que estavam grávidas as mães expressaram desejo e não desejo em relação à gestação, trazendo as seguintes lembranças: "Foi um choque" (Safira).…”
Section: Eu Escolhia O Que Ele Ia Comer"unclassified
“…A percepção do olhar materno é sempre uma suposição, passível de enganos, engodos e desmentidos (Queiroz, 2006). Segundo Esmeralda, seu filho, então com 11 anos, convocava o olhar materno para o desejo de não mais ocupar o lugar de obeso: "Eu não quero ser gordo".…”
Section: "A Verdade Foi Muito Bom Eu Gostei De Tá Grávida Só Que Deunclassified