O termo "psicopatologia" jamais fez parte da língua comum. Trata-se de um neologismo cuja criação é atribuída ao médico alemão Hermann Emminghaus (1845Emminghaus ( -1904 que o teria utilizado pela primeira vez em 1878 como sinônimo de "psiquiatria clínica". Sua imersão no campo psiquiátrico é, por assim dizer, sua marca de nascença.Uma segunda característica dessa palavra é sua aparente autoevidência. De hábito, tende a evocar espontaneamente a ideia do estudo das "doenças mentais", a despeito do caráter profundamente problemático dessa expressão, tantas vezes já assinalado: se se trata de uma "doença" (fenômeno da res extensa cartesiana) como pode, então, ser "mental" (res cogitans)? E se é "mental", como pode ser "doença"? E que ciência é essa que toma por objeto uma das entidades mais metafisicas que se possa conceber: a alma (psique)? Mesmo assim -e uma vez mais -ao remeter