O espectro dos autismos e a psicose infantil: uma questão diagnóstica para a psicanálise

Abstract

Este artigo surge como um esforço de construir uma discussão psicanalítica sobre a problemática diagnóstica que envolve a psicose infantil e o espectro dos autismos. O trabalho é movido pela importância de se construir uma hipótese diagnóstica para direcionar a análise e pelas sutilezas que envolvem o diagnóstico diferencial entre ambas, além da delicadeza que demanda pensar a estrutura psíquica na infância. Buscou-se delimitar o lugar do diagnóstico para a psicanálise em relação à psiquiatria, e a partir disso investigar o lugar que a psicose infantil e o espectro dos autismos ocupam na teoria psicanalítica. Concluiu-se, por meio da revisão de literatura, que foi possível construir um caminho que pode servir para nortear a construção de uma hipótese diagnóstica.

El lugar vacante del concepto de sujeto en la clínica psicoanalítica del autismo

“…Por el otro, se especifica la orientación psicoanalítica en una suposición del sujeto (Jerusalinsky, 2018;Cabra, 2018), en su emergencia (Lefort & Lefort, 2003, p. 8;Wacjman & Douville, 2012;Guéguen, 2012) o en su rescate (Campodónico et al, 2022). Así, quien ocupa el lugar de analista "[…] deve escutar o que a criança tem a dizer enquanto sujeito, e não suas manifestações sintomáticas no que diz respeito às descrições de manuais psiquiátricos" (Santos & Lemes, 2020). El sujeto, entonces, no es únicamente un argumento frente a la universalización de las intervenciones behavioristas o cognitivas, los manuales diagnósticos o el discurso de la ciencia, es también un término que sirve para definir la lógica que distingue nuestra experiencia.…”

“…Hay psicoanalistas que consideran, por ejemplo, que no hay alienación en el autismo (por ejemplo, Lima & Lerner, 2016;Cabra, 2018). Otros, van a hablar de rechazo de la alienación (por ejemplo, Bayón & Tendlarz, 2013, p. 54;Olivos, 2017) o de alienación parcial (por ejemplo, Maleval, 2011;Santos & Lemes, 2020). Por supuesto, la lectura de Soler sobre estos conceptos no es la única (por ejemplo, Poli, 2005).…”

Efeitos do isolamento na pandemia por COVID-19 no comportamento de crianças e adolescentes com autismo

“…2021 Mentais da Associação Psiquiátrica Americana (DSM-5) caracteriza-o como um transtorno invasivo do desenvolvimento, com três grandes áreas de comprometimento: interação social; comunicação verbal; e comportamento, com interesses restritos e movimentos repetitivos (estereotipias). Tendo um conjunto muito variado de sintomas, manifesta-se antes dos três anos de idade (Amaral & Vries, 2020;Santos & Lemes, 2020;American Psychiatric Association, 2013;Viana, Furtado & Vieira, 2020).…”

O trabalho pedagógico e a inclusão escolar para crianças com transtorno do espectro do autismo (TEA)

“…Mais tarde foi descrito pelo mesmo autor como "um quadro de psicose", devido à inconsistência dos dados laboratoriais e clínicos que fornecessem uma resposta a que se relacionava sua etiologia. A partir de estudos e pesquisas (Kupfer, 2000;Santos, Lemes, 2020), o autismo deixou de ser classificado como psicose, e passou a ser classificado como um distúrbio do desenvolvimento.…”