Este artigo surge como um esforço de construir uma discussão psicanalítica sobre a problemática diagnóstica que envolve a psicose infantil e o espectro dos autismos. O trabalho é movido pela importância de se construir uma hipótese diagnóstica para direcionar a análise e pelas sutilezas que envolvem o diagnóstico diferencial entre ambas, além da delicadeza que demanda pensar a estrutura psíquica na infância. Buscou-se delimitar o lugar do diagnóstico para a psicanálise em relação à psiquiatria, e a partir disso investigar o lugar que a psicose infantil e o espectro dos autismos ocupam na teoria psicanalítica. Concluiu-se, por meio da revisão de literatura, que foi possível construir um caminho que pode servir para nortear a construção de uma hipótese diagnóstica.
O presente artigo integra uma investigação documental em prontuários de adolescentes que cumprem medida socioeducativa de internação em Goiás, no ano de 2019. Tem por objetivo explorar dados sobre escolaridade e experiências profissionais dos adolescentes, bem como de seus genitores. As informações presentes nos prontuários indicam trajetórias de descontinuidade e distorção idade-série, com boa parte dos adolescentes fora da escola em momento anterior ao ingresso na unidade socioeducativa. Suas experiências profissionais são marcadas por majoritária inserção no mercado informal de trabalho. Ainda que garantida pela legislação, a universalização da educação básica e o direito à capacitação profissional são aspectos fragilizados na trajetória dos adolescentes que cumprem medida socioeducativa de internação e de suas famílias.
PALAVRAS-CHAVE: Escolaridade. Adolescente Institucionalizado. Mercado de Trabalho. Socioeducação.
O artigo integra uma investigação documental em prontuários de adolescentes que cumprem medida socioeducativa de internação. Tem como objetivo explorar dados referentes à sexualidade e práticas sexuais dos adolescentes, em interlocução com a teoria psicanalítica das pulsões e de teorias que tangenciam a pauta das identidades, como a teoria queer e as teorias interseccionais. Ainda que a vida sexual ativa faça parte da realidade de muitos dos adolescentes, a sexualidade em sentido ampliado é pouco integrada no processo socioeducativo, com quantidade expressiva de dados não informados nos prontuários para as variáveis de sexualidade. O sistema socioeducativo não apenas restringe o corpo com a privação da liberdade de ir e vir, mas opera para silenciar a sexualidade de sujeitos em plena intensificação pulsional, ignorando que as pulsões, constantes e inextinguíveis são, elas próprias, demandadas no processo da socioeducação.
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