Hegemonia e filosofia da práxis: os desafios ao Serviço Social

Abstract

Resumo Este artigo trata da filosofia da práxis e dos desafios contemporâneos ao Serviço Social. Resulta de uma pesquisa teórica que, por meio de revisão bibliográfica, recupera uma importante discussão acerca de alguns conceitos gramscianos como filosofia da práxis, hegemonia e intelectual orgânico. Tem por objetivo demonstrar os novos desafios postos ao Serviço Social em tempos de neoliberalismo de terceira via, bem como revelar que o marxismo, como uma nova filosofia superior, é capaz de ordenar a nova racionalidade. Conclui que, em tempos de crise e restauração conservadora, repõem-se à profissão a exigência de uma crítica profunda em torno do avanço do pensamento pós-moderno, que difunde um modo de pensar que não ultrapassa o fenomênico e não concebe a realidade como síntese de múltiplas determinações.

Possibilidades para a mudança do modelo obstétrico hegemônico pelas enfermeiras obstétricas

“…Neste pensamento, todo novo organismo histórico cria uma nova estrutura, cujos representantes especializados e portavozes só podem ser concebidos como os 'novos intelectuais', e não como a continuação da intelectualidade precedente. Se os novos intelectuais se colocam como continuação direta da precedente, não são verdadeiramente novos, mas conservadores do grupo historicamente superado 16 . As enfermeiras pela cientificidade ao longo da história e solidez tradicional da profissão conseguiram atingir o grau de desenvolvimento necessário para criar novas estruturas, porém ainda vivem no invólucro cultural da velha história, ou seja, imersas no modelo intervencionista e medicalizado.…”

“…Todo grupo social que pretende conquistar sua hegemonia precisa passar por um processo constitutivo de sua identidade e intelectualidade, e por uma educação que exija a construção rigorosa de um saber mais avançado e socializado 16 . Evidenciar estes valores e analisar criticamente este percurso, de modo a entender o contexto contemporâneo obstétrico é um processo necessário que exige das enfermeiras a captação de instrumentos que propicie conhecimento, possibilitem novos saberes e promovam confiança em suas capacidades.…”