A Acessibilidade da Atenção Básica no Brasil na avaliação dos usuários

Abstract

<jats:p>Resumo Introdução Embora sejam percebidos avanços quanto à ampliação na cobertura da Atenção Básica no Brasil, o acesso ou a acessibilidade do usuário na utilização desses serviços ainda é considerado como desafio. Objetivo Descrever as dimensões da acessibilidade na atenção básica na avaliação dos usuários que participaram da avaliação externa do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica, em 2012, nas macrorregiões do país. Método Trata-se de um estudo descritivo, transversal. Foram utilizados os dados do módulo III, que trata da entrevista com os usuários na Unidade Básica de Saúde (UBS), especificamente do componente referente à utilização dos serviços de saúde. Participaram 65.391 usuários de 3.944 municípios. Resultados Verificou-se que tanto a acessibilidade geográfica como a organizacional estão mais comprometidas nas regiões Norte e Nordeste. Quanto às barreiras de acessibilidade organizacional, constaram-se a forma de agendamento das consultas, a falta de possibilidade de escolha dos profissionais e os horários de atendimento restritos. Ademais, observou-se que boa parte dos usuários não consegue resolver as urgências na Unidade Básica de Saúde. Conclusão Há avanços no alcance da acessibilidade, todavia nas regiões Norte e Nordeste é preciso maiores investimentos para melhorar, sobretudo, a acessibilidade organizacional.</jats:p>

Mudança no acolhimento e implementação de consultas agendadas, após aplicação do arco de Maguerez

“…O modelo de acolhimento realizado por meio de uma escuta qualificada dos usuários favorece a confirmação da atenção primária como local principal de cuidado no sistema de saúde. Além disso, contribui para a realização do modelo de atenção de clínica integrada e com participação essencial do usuário, e assim superando pontos negativos que estão ligados a este nível de atenção, como: a cultura de medicalização e ausências de fichas (FIGUEIREDO DCMM, et al, 2020). Com isso, visa-se a diminuição das fragilidades encontradas no processo de acolhimento, em que muitas vezes é relacionado apenas ao ambiente físico que os usuários são direcionados na sua chegada ao serviço de saúde, confundindo-o com o procedimento de triagem (FIGUEIREDO TP, et al, 2021).…”

Tendência temporal das complicações do pé diabético e da cobertura da Atenção Primária à Saúde nas capitais brasileiras, 2008–2018

“…Apesar da efetividade das ações programáticas da APS brasileira, o País é dividido em cinco regiões e a cobertura da APS apresenta distribuição heterogênea, crescendo mais no Norte e Nordeste do Brasil, regiões socioeconomicamente mais vulneráveis. 26,27 Contudo, a gestão executiva da APS e o planejamento de sua expansão são atributos diretos dos municípios brasileiros. Isso torna a implementação do acesso e da qualidade refém de políticas locais, sem regulação de parâmetros mínimos de cobertura por parte dos outros entes federados financiadores do subsistema primário.…”

Avaliação de Políticas Públicas: revisão sistemática sobre um programa de pagamento por desempenho na saúde pública no Brasil

“…Concerning to the external evaluation, it was observed in the literature some studies focused on the data collected in parts of this instrument. In summary, the evaluation process under the PMAQ has been studied as follows: Although data on user satisfaction are not part of the calculation of the performance, studies have been identified in the literature that focus on understanding the factors that influence user satisfaction with the services offered in primary care in Brazil (PROTASIO et al, 2017a;FIGUEIREDO et al, 2018).…”