De Opressores a Oprimidos: Estressores Psicossociais e Satisfação Laboral de Agentes Prisionais

Abstract

Resumo Em sua proposição de analisar a relação entre estressores psicossociais e satisfação no trabalho dos responsáveis pela custódia dos presos no sistema tradicional e na Associação de Proteção e Assistência aos Condenados - APAC, o estudo envolveu 206 participantes, que responderam às escalas para avaliação de estressores psicossociais e de satisfação no trabalho e ao formulário sociodemográfico. Após avaliação das propriedades psicométricas dos instrumentos, análises de regressão hierárquica foram desenvolvidas. Os estressores explicaram a variância da satisfação no trabalho, independentemente do tipo de sistema prisional, que também demonstrou capacidade explicativa, indicando maiores níveis de satisfação laboral no método APAC. Os aspectos intrínsecos ao trabalho foram preditores de todas as dimensões de satisfação, seguidos por falta de suporte social e pressão do grau de responsabilidade. A satisfação com a chefia foi a variável mais sensível aos estressores. Os achados salientam a importância da ambiência psicossocial para o bem ou mal-estar dos trabalhadores.

Occupational stress in criminal police: study in a prison unit in Minas Gerais

“…There are main stressors or factors that cause stress in the work of the criminal police officer, found in the literature, like physical structure, lack of human and material resources, overcrowding, biological risk, high danger. Besides these, direct contact with the convict, lack of communication between levels, as well as the imposition and authoritarianism of the management (Bezerra et al, 2016;CORRÊA et al, 2019;Fernandes et al, 2016;Fernandes et al, 2002;Santos, 2010;Santos & Santos, 2011) Brandão & Carvalho (2022 analyzed the relationship between psychosocial stressors and job satisfaction of prison officers in traditional systems and in the APAC method in Minas Gerais, using the model by Cooper et.al. 2001.…”

“…This work can be justified from the need for safety of the professionals involved, especially because, although the Prison Officers are subject to a high risk, they have little visibility and deal with a great lack of recognition by society (Bezerra et al, 2016). Brandão & Carvalho (2022) call at-tention to the fact that in Brazil, psychosocial stressors and job satisfaction of prison officers need to be further explored. In addition, such approval can bring repercussions at the prison environment, disseminating good examples that can be copied by other Units and benefit more professionals and institutions (Corrêa et al, 2019).…”