Análise da cobertura de abastecimento e da qualidade da água distribuída em diferentes regiões do Brasil no ano de 2019

Abstract

Resumo Tendo em vista que a universalização dos serviços de saneamento é uma das metas do Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) e um dos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), esta pesquisa objetivou-se avaliar a cobertura do abastecimento e a qualidade da água distribuída no Brasil em 2019. Foram utilizados os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e do Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Sisagua). Verificou-se que 82% da população foi atendida por serviços de água, sendo este percentual ainda menor considerando apenas a região Norte (58%) e Nordeste (74%). A maioria da população é atendida por Sistemas de Abastecimento de Água (SAA); entretanto, na região Norte, 6,6% da população é atendida por SAA e 7,2% por Solução Alternativa Coletiva (SAC) sem tratamentos. Para o parâmetro Coliformes totais, 21,9% das amostras de SAC da região Norte estavam fora do padrão de potabilidade, enquanto para o residual de agente desinfetante, 40,6% de SAA da região Nordeste encontravam-se fora do padrão, sendo que deste total 19% das amostras apresentavam concentração do agente desinfetante acima de 5,0 mg/L e 81% das amostras apresentavam concentrações menores que 0,2 mg/L. Conclui-se que parte da população pode estar vulnerável aos riscos relacionados à qualidade da água.

Comentários sobre as dificuldades no abastecimento d’água para comunidades rurais, elaborados a partir do artigo: Análise de cobertura de abastecimento e qualidade da água distribuída ano 2019

“…Carolina Sampaio Machado (https://orcid.org/0000-0002-7202-1383) 1 Daniela Cássia Sudan (https://orcid.org/0000-0002-0861-1055) 2 Cristiane Duarte Mendonça Álvares (https://orcid.org/0000-0002-8709-7890) 3 Guilherme Sgobbi Zagui (https://orcid.org/0000-0002-6104-4360) 4 Márcio Henrique Pereira Ponzilacqua (https://orcid.org/0000-0002-3494-6537) 3 Susana Inés Segura-Muñoz (https://orcid.org/0000-0002-6720-8231) 1 1 Laboratório de Ecotoxicologia e Parasitologia Ambiental, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto SP Brasil.…”

“…4 Núcleo de Pesquisa em Recursos Hídricos, Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Ambiental, Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Ribeirão Preto SP Brasil. O estudo apresenta a distribuição média de abastecimento de água no Brasil em 2019 (82%) 1 , a partir de números oficiais do SNIS e Sisagua. No entanto, dados sobre a cobertura de abastecimento de água para a população periurbana e rural ainda são inconsistentes ou inexistentes, pese o expressivo número de pessoas que potencialmente estão sem acesso à água potável, cerca de 32 milhões de indivíduos (15,28%) que vivem em áreas rurais 2 .…”

Controle de qualidade microbiológica da água para consumo humano no Brasil: revisão sistemática

“…Porém, essa contaminação não ocorre somente na rede oficial de distribuição de água. Alguns tipos de fontes independentes por mais que a informação esteja em um patamar abrangedor e mais avançado na atualidade, ainda não é possível confiar que os processos de tratamento de água estejam sendo feitos de maneira correta, ou seja, que estejam dentro dos padrões estabelecidos, dos quais foram estabelecidos diante de inúmeros testes e provas de confiabilidade, é o que acontece com os poços artesianos (Araujo et al, 2022).…”

“…Tais fatores se tornam importantes, do ponto de vista da qualidade da água, uma vez que a cobertura de abastecimento de água no Brasil ainda não é 100%, é o que diz um estudo feito recentemente, no qual dificulta o controle microbiológico da água consumida pelos brasileiros, nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste até 90% da população é atendida, e na região Norte 58% da população é atendida, onde 42% da população não tem abastecimento de água própria para o consumo e Nordeste 73,9%, a região nordeste apresenta a pior qualidade de água, segundo o estudo que analisou as amostras e comparou com as regiões (Araujo et al, 2022).…”

“…Este tratamento se dá por causa da incidência anual de casos de infecções por: E. coli na qual pode causar tanto infecções no trato digestivo provocando episódios diarreicos e quanto do aparelho urinário; Aeromonas spp. podendo causar feridas cutâneas, infecção generalizada e também fezes diarreicas; vírus com alto potencial patológico como os rotavírus, enterovírus, adenovírus e até mesmo vírus da hepatite A, onde causa forte patologia no fígado, órgão de suma importância fisiológica (Araujo et al, 2022).…”