“…Deste modo, aponto Shimizu (2018, p. 95), o movimento antivacinabrasileiro da atualidade -atua como um mecanismo no processo de produção discursiva, ao mesmo tempo em que materializa as condições de produção sob as quais ele é constituído‖, agindo semelhantemente à denominada -Liga contra a vacina obrigatória‖ à época da Revolta da Vacina, -mas também se inscreve na atualidade como a própria ‗Revolta' através do ativismo virtual que reverbera nas práticas sociais e nos movimentos da sociedade‖. Portanto, -diferentemente do passado, o acontecimento de que se fala atualmente é o modo com que os sujeitos ressignificam toda uma memória discursiva da ‗Revolta' pelo digital‖, fazendo Este contexto fez com que o Brasil vivenciasse a maior crise global humanitária, sanitária e econômica de nosso tempo, provocada pelo Coronavírus, paralelamente à outro grave problema, macroscópico: a omissão do Estado Brasileiro para adotar as medidas de controle da pandemia, inclusive no que diz respeito à vacinação (BARRETO, 2020). Brownet al (2018) revelam que posturas e ambientes políticos estão diretamente vinculados à hesitação vacinal, e quanto maior a instabilidade política, maior a desconfiança nas políticas vacinais e políticas de prevenção de um modo geral.…”