Impacto da intenção de engravidar sobre a amamentação na primeira hora pós-parto

Abstract

Resumo Objetivou-se analisar o impacto da intenção de engravidar sobre a amamentação na primeira hora pós-parto. Trata-se de estudo transversal, recorte da pesquisa “Nascer no Brasil: inquérito nacional sobre parto e nascimento” realizada pela Fundação Oswaldo Cruz. Participaram do estudo 5.563 puérperas e seus conceptos. Utilizou-se Regressão Logística Múltipla para análise dos dados. Apresentaram menor propensão para início da amamentação na primeira hora de vida: puérperas que não queriam engravidar (OR = 0,85; IC: 0,73-0,98) e se declararam insatisfeitas ao tomarem conhecimento da gravidez (OR = 0,72; IC: 0,61-0,83). A intencionalidade da gravidez afetou o comportamento materno quanto à amamentação, sendo que mulheres com gestações não intencionais apresentaram menor propensão a iniciarem a amamentação na primeira hora pós-parto, evidenciando que falhas no planejamento familiar podem impactar negativamente, de forma indireta, a amamentação. Logo, há de se melhorar a qualidade dos serviços de planejamento familiar, a fim de reduzirem-se gestações não intencionais e prevenir desfechos desfavoráveis para a saúde materno-infantil, como o início tardio da amamentação.

Educação médica em saúde: relato de experiência em simpósio sobre mulher, planejamento familiar e direitos reprodutivos, no contexto da COVID-19

“…Em seguida, uma palestrante convidada, que atua como defensora pública abordou os direitos reprodutivos da mulher, como a Lei Nº 8.080 (Ministério da Saúde, 2020) que institui o SUS e o regulamenta em todo território nacional, dispondo para compreensão das condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, paralelamente, comentou sobre as competências das três esferas de governo e das áreas de atuação da assistência terapêutica integral (Oliveira, 2016). Por fim, abordou a Lei Nº 9263/1996 que trata sobre o planejamento familiar como parte integrante do conjunto de ações de atenção à mulher respeitando atividades como concepção e contracepção, pré-natal no quesito de direitos da paciente, assistência ao parto, controle de ISTs e outros direitos que todas as pacientes e médicos deveriam saber (Yamamoto, 2017;Rocha et al, 2020).…”

Amamentação na primeira hora de vida entre mulheres do Nordeste brasileiro: prevalência e fatores associados

“…Este estudo demonstrou que a prevalência de amamentação na primeira hora de vida foi semelhante a de outros estudos nacionais realizados no Nordeste brasileiro (28,7% e 33,1%) (3,7) e também quase igualitária a de um estudo internacional (43,6%) (8) . Merece destacar que a OMS considera a amamentação na primeira hora como um indicador de excelência, classificando os percentuais entre zero a 29% como "muito ruim", 30 a 49% "ruim", 50 a 89% "bom" e de 90 a é encontrado na literatura, que traz a intenção de engravidar como sendo um dos fatores positivos para o aleitamento materno precoce (13) . Entende-se que a gravidez planejada possui um contexto ainda mais favorável para a preparação materna voltada à amamentação, o que pode eventualmente contribuir para a sua implementação logo após o nascimento.…”

Os benefícios do aleitamento materno na primeira hora de vida

“…Na primeira hora pós-parto, a amamentação se constitui na primeira prática alimentar do ser humano, sendo considerada um dos fatores que garantirá a sua saúde, o seu crescimento e desenvolvimento adequados, em todas as fases do ciclo da vida. Além de conferir vantagens para as crianças, mulheres e para a sociedade, representa a mais sensível, econômica e eficaz intervenção para a promoção da saúde maternoinfantil [1][2][3] .…”