Objetivo: Investigar a influência dos padrões alimentares no meio ambiente e nos determinantes de saúde levando em consideração toda a complexidade do indivíduo e do meio em que vive. Justificativa: A pesquisa é de extrema relevância para demonstrar a relação entre escolhas alimentares, impactos ambientais e determinantes de saúde. Embora existam estudos semelhantes, não foi identificado nenhum referente à população escolhida. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva e quantitativa com 400 entrevistados na faixa etária de 18 a 59 anos, cadastrados em uma equipe de Saúde da Família de uma Unidade Básica de Saúde localizada na região leste de saúde do Distrito Federal. Para a coleta dos dados foi aplicado um questionário adaptado do Vigitel, inquérito telefônico do Ministério da Saúde, que tem por objetivo monitorar a frequência e a distribuição de fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Assim, foi realizada uma entrevista de forma presencial com os participantes, totalizando 24 perguntas divididas em três blocos: identificação, consumo alimentar e prática de atividade física. Quanto à análise dos impactos ambientais, buscou-se dados recentes na literatura com a finalidade de encontrar informações que corroboram com os dados obtidos. Foi realizada a revisão aos pares e foram priorizados estudos primários com delineamento quantitativo e qualitativo, assim como os de revisão de literatura nos idiomas português, inglês e espanhol, considerando publicações da última década. Resultados: a pesquisa revelou a prevalência de sobrepeso e obesidade na população estudada, sendo possivelmente justificada pela prática de atividade física insuficiente e por hábitos alimentares inadequados, que envolvem o baixo consumo de frutas e ingestão elevada ultraprocessados. Além disso, nota-se um consumo frequente de alimentos de origem animal, com destaque aos ovos, leite e derivados e carnes, o qual impacta o meio ambiente em relação ao esgotamento de recursos naturais, desmatamento e demais consequências. Conclusão: o estudo aponta que os padrões alimentares de uma população podem sim estar relacionados aos demais determinantes de saúde e impactos ambientais não só locais, mas também globais. As principais consequências da alimentação moderna, no que tange consumo de ultraprocessados e excesso de alimentos de origem animal, envolvem impactos na saúde ambiental e saúde humana.