Representação social da violência sexual e sua relação com a adesão ao protocolo de quimioprofilaxia do HIV em mulheres jovens e adolescentes

Abstract

Representação social da violência sexual e sua relação com a adesão ao protocolo de quimioprofilaxia do HIV em mulheres jovens e adolescentes Social representation of sexual violence and its relationship with the adherence to the chemoprophylaxis protocol of HIV in young women and adolescents

Psychological suffering in the daily lives of women who have experienced sexual violence: a phenomenological study

“…The main disorders were phobias, panic disorder, posttraumatic stress disorder, anxiety and depression. 13 In terms of the fear of establishing sentimental and sexual relationships, a study in the United States associated violence and posttraumatic stress disorders, showing that women who had been sexually assaulted suffered from negative feelings and beliefs, guilt, nightmares, and amnesia, in addition to fear of strangers, which interfered with their sentimental and sexual relationships.…”

Não adesão ao seguimento ambulatorial por mulheres que experienciaram a violência sexual: enfoque fenomenológico

“…A não adesão de mulheres em situação de violência sexual ao seguimento ambulatorial é evidenciada na literatura nacional e internacional, sendo que a maior parte dos estudos investigou a adesão à profilaxia pós-exposição ao HIV (Morgan;Brittain;Welch, 2015;Procópio et al, 2014;Facuri et al, 2013;Chacko et al, 2012;Roland et al, 2012). Alguns enfatizaram o acompanhamento psicológico (Procópio et al, 2014;Oshikata et al, 2011).…”

“…O apoio da família, o suporte psicológico e social, além da confiança nas informações fornecidas pelos profissionais de saúde durante os atendimentos, devem ser considerados como estímulo para as mulheres continuarem o tratamento (Procópio et al, 2014). Diante do exposto, evidencia-se que a violência sexual tende a ocasionar inúmeros agravos à saúde da mulher e as altas taxas de abandono do seguimento ambulatorial podem ampliar, ainda mais, as consequências geradas por este acontecimento na vida dessas mulheres.…”

“…A literatura aponta que os fatores psicológicos constituem-se em importantes obstáculos para a adesão ao seguimento ambulatorial. Algumas mulheres situam o desânimo, a falta de esperança, os sentimentos negativos e as lembranças da violência como dificuldades para a continuidade do tratamento (Procópio et al, 2014).…”

“…Além dos efeitos colaterais, outra questão que merece destaque e influencia sobremaneira a adesão ao tratamento refere-se à complexidade do esquema terapêutico prescrito, o qual inclui um grande número de medicamentos cuja apresentação farmacêutica dificulta a ingestão e que devem obedecer a horários rígidos (Procópio et al, 2014 Para diminuir os casos de não adesão à terapia antirretroviral, faz-se necessário esclarecer na primeira avaliação da pessoa em situação de violência sexual os efeitos adversos mais comuns relacionados ao esquema terapêutico, bem como formas de minimizá-los, que incluem: medicamentos sintomáticos e adoção de estratégias para a melhoria do bem-estar durante a utilização desses medicamentos.…”